O Luis Roberto Barroso, durante a sabatina no Senado, deixou clara a sua posição acerca de várias questões controvertidas, muitas das quais já conhecidas e debatidas, em face de sua atuação junto ao Supremo Tribunal Federal. Em determinado momento da sabatina, afirmou, sem meias palavras, como afinal fazem os que têm convicções firmes, que vai fazer o que achar correto, o que seu coração manda, para concluir, objetivamente: “Ninguém me pauta: nem governo, nem imprensa e nem opinião pública, nem acusados“. Noutro momento, já externando a sua divergência com a decisão do Supremo a propósito do julgamento do mensalão, concluiu: ” O Supremo teve uma posição mais dura em matéria penal no mensalão. Em outros casos, o tribunal foi mais libertário e garantista“. Em face de uma intervenção do senador Álvaro Dias, desabafou: “Sou advogado feliz e realizado. Sou muito feliz onde estava. Não preciso sair de onde estava para fazer mau papel em lugar nenhum. Portanto, vou fazer o que acho certo…”.
Ao final da sabatina, o senador Aécio Neves, foi obrigado a reconhecer o acerto da escolha, o fazendo nos termos seguintes: “Vossa Senhoria me obriga a fazer algo que não costumo fazer nesta tribuna: reconhecer que, desta vez, a presidenta Dilma acertos”.
É claro que uma indicação como essa não agrada a todos. Houve, sim, momentos de constrangimentos, como se deu com a intervenção do senador Magno Malta. Nada, inobstante, que deslustre a indicação.