Filhos, como estabelecer limites

Não há regras para criação de filhos. O caminho mais eficaz, desde o meu olhar, é estabelecer limites à luz do exemplo. Não tenho dúvidas de que um filho criado num ambiente de bons exemplos tende a seguir na mesma direção.

O certo, todavia, é que não é fácil, sobretudo nos dias atuais, criar os filhos para o bem. Não raro, por isso, os pais são surpreendidos com ações reprováveis dos filhos, para, só a partir daí, admitir os equívocos na criação.

A entrevista que publico a seguir, capturada no Jornal Folha de São Paulo, edição de hoje, é exemplar.

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Eleição AMB

Nelson Calandra vence eleição para AMB

Fonte: Consultor Jurídico

O desemabargador Henrique Nelson Calandra, do Tribunal de Justiça de São Paulo, é o novo presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros. A chapa Novos Rumos (chapa 1) foi eleita para compor o Conselho Executivo e Fiscal da AMB, durante o triênio 2011/2013, com o total de 4.552 votos (51,73%). O resultado foi anunciado pelo presidente da comissão eleitoral da entidade, desembargador Roberval Casemiro Belinati. Votaram 8,8 mil magistrados.

A chapa derrotada, AMBCOMVOCÊ (chapa 2), recebeu 4.135 votos (46,99%). A diferença foi de 417 votos. Brancos e nulos somaram, respectivamente, 47 e 66 votos.

Essa foi a primeira vez que entidade utilizou a votação eletrônica em todo país para eleger sua diretoria.

A apuração começou com os votos realizados através das associações filiadas, por sobrecarta ou pessoalmente. Nessa etapa, a Chapa Novos Rumos tomou a liderança com 54,89% dos votos válidos. A chapa AMBCOMVOCÊ recebeu 43,42%. Votaram por essa modalidade 6.722 magistrados em todo o país.

Em seguida, aconteceu a apuração dos votos pela internet. A chapa Novos Rumos recebeu 862 votos. A chapa AMBCOMVOCÊ, 1.216. Votaram por meio da web 2.103 magistrados.

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Novo CPC pode criar ordem cronológica de julgamento

Os juízes podem ser obrigados a dar sentenças rigorosamente com base na ordem cronológica de processos prontos, critério que deve também valer para a decisão sobre recursos apresentados aos tribunais. Essa é uma das novidades do substitutivo ao projeto do novo Código de Processo Civil que terá de passar pelo crivo da comissão especial de senadores encarregada do exame da matéria (PLS 166/2010) antes da deliberação final em Plenário, precedida de três turnos de discussão.

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Fragmentos do meu pensamento

“[…]Um dia, assim espero, com sofreguidão, as pessoas deixarão de se referir ao Poder Judiciário do Maranhão com menosprezo, com achincalhe, em face da má conduta de uns poucos descomprometidos.
Um dia o Poder Judiciário do Maranhão se afirmará, definitivamente, perante a opinião pública. Mas não dá mais para esperar. Temos que agir, temos que reagir, que enfrentar as nossas conhecidas mazelas, que enfrentar a inércia, que reconhecer os nossos erros, que expurgar os nossos pecados, que expungir dos nossos quadros os que comprometam a imagem da instituição[…]”.

José Luiz Oliveira de Almeida

Fragmentos do meu pensamento

“[…] O poder pelo poder, todos que me conhecem sabem, não me enfeitiça. É que, diferente de alguns, o exercício do poder não me fascina pelo que ele possa oferecer em termos materiais e em termos de projeção pessoal. Não tenho ambições materiais desmedidas. Tudo que almejo tem limite. Não me anima nenhum tipo de mordomia. Nunca me dei bem com elas. Elas, essa é a verdade, até me constrangem[…]”.

José Luiz Oliveira de Almeida


Pleno, solene?

Confesso que tenho me surpreendido com a falta de solenidade nos julgamentos do Tribunal de Justiça.

Antes de ser promovido, eu nunca tinha assistido, integralmente, a um julgamento no Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Mranhão.

Hoje, passados oito meses da minha promoção, ainda me surpreendo com a inobservância da necessária solenidade que deva ser implementada num julgamento.

De algumas pessoas – advogados, promotores, partes, etc – tenho ouvido comentários pouco elegantes, em face da maneira como tem sido realizados os julgamentos no Pleno do Tribunal de Justiça.

Não é raro ver-se o relator falando quase sozinho, sem despertar a necessária atenção dos pares. Isso não é bom. Isso depõe contra todos nós.

Acho que devemos parar para refletir acerca dessa questão.

Indignação e uma pausa para ser feliz

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“[…]Não posso, noutro giro, deixar de indignar-me com os gastos que são feitos nos pleitos eleitorais. É uma afronta! Uma zombaria! Caçoada! Escárnio! Falta de pudor! Um desrespeito ao cidadão que paga impostos[…]”

José Luiz Oliveira de Almeida

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Eu nunca perdi a capacidade de me indignar diante de determinadas situações. Todavia, ainda assim, apesar de tudo que me causa estupor , ainda encontro tempo pra ser feliz, não obstante admita que , sobretudo nos dias atuais, com as informações batendo à nossa porta, não tem sido fácil.

As razões para indignar-me são várias, conquanto admita que muitas delas não afetam ao cidadão comum.

Mas eu tenho a capacidade de me indignar, e, até, de falar sobre coisas que me revoltam, como farei a seguir.

É impossível, por exemplo, deixar de indignar-me com o mal uso do dinheiro público, sobretudo nas prefeituras municipais.

O cidadão assume hoje os destinos de um município, para, amanhã, ostensivamente, esbanjar, sem o mais mínimo pudor, como se chamasse a todos nós de otários. E não é só ele. Muitos que estão no seu entorno também ostentam – de forma afrontosa, desrespeitosa, à vista de todos, sem o menor pudor -, cientes da impunidade.

Não posso, noutro giro, deixar de indignar-me com os gastos que são feitos nos pleitos eleitorais. É uma afronta! Uma zombaria! Caçoada! Escárnio! Falta de pudor! Um desrespeito ao cidadão que paga impostos!

O que vi nas últimas eleições – e todos viram, afinal – é de causar estupor, revolta, indignação.

Mas ninguém diz nada. Parece até que tem que ser assim mesmo, que está tudo bem, que não há meios de se coibir esses abusos.

Fico com a impressão, diante de tanta inércia, que estamos todos anestesiados , que somos insensíveis e que essas questões não nos afetam.

Na terça-feira passada, 23 do corrente, já por volta da meia-noite, eu assistia, mais uma vez indignado, ao programa Profissão Repórter, da Rede Globo, sobre atendimento de emergência nos hospitais públicos. Não suportei. Vi muito sofrimento. Sofri, também. Perdi o sono. Num determinado momento, tomado de indignação, desliguei a televisão. Se não o fizesse, decerto que não conciliaria o meu sono naquela noite. Me sentindo impotente diante de tamanho descaso, virei para o lado e tentei dormir. Mas, a todo instante, vinha na minha mente a dor das pessoas nos corredores dos hospitais, tratadas com a mais absoluta indiferença.

Eu não sei encarar com indiferença essas questões. Eu me entrego, me indigno, me revolto, tomo as dores dessas pessoas, conquanto entenda que nada posso fazer.

E o que fazem os nossos preclaros homens públicos diante de tanta dor, de tanta desdita e infortúnio? Nada! Absolutamente nada!

Não posso deixar de me indignar com essa situação, sobretudo porque sei – todos sabemos, afinal – por onde se esvai o dinheiro da saúde, por exemplo; o nosso dinheiro, enfim.

Pagar impostos e ver o meu dinheiro – e o seu, também – ser “torrado” numa campanha eleitoral, é revoltante.

Pagar impostos e testemunhar o enriquecimento ilícito de uns canalhas, definitivamente me faz soturno, sobretudo por saber que nada se faz para mudar esse quadro.

Pagar impostos e assisitir as atrocidades que vi nos corredores dos hospitais públicos, causa repulsa.

Diante desse verdadeiro descalabro, o mais grave é que ninguém diz nada. Ficamos todos calados, como se fosse a coisa mais natural do mundo o esbanjamento do dinheiro público, e a dor nas filas dos hospitais públicos.

O pior é que todos sabemos que o dinheiro usado nas campanhas não brota do chão, que ele sai dos impostos que nós pagamos e que quem financia uma campanha não o faz pelos belos olhos dos canditados.

O mais grave é que sabemos para onde vai o dinheiro da saúde, e, da mesma forma, permanecemos inertes, calados, como se fosse tudo fosse normal, como se não tivesse solução, como se fosse pra ser assim mesmo.

Eu passaria um dia relatando as coisas que me causam indignação. Não vou fazê-lo agora, entretanto, porque preciso dar uma pausa para voltar a ser feliz.