CNJ afasta e abre processo contra magistrado do Maranhão

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar preventivamente de suas funções o juiz José de Arimatéia Correia Silva. Além disso, o Conselho vai instaurar Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para verificar supostas irregularidades cometidas pelo magistrado que é titular da 5ª Vara Cível da Comarca de São Luís (MA). A decisão foi tomada por unanimidade na sessão plenária desta terça-feira (09/02). Os conselheiros analisaram a sindicância (0001569-51.2009.2.00.0000) instaurada pela Corregedoria Nacional de Justiça e relatada pelo ministro Gilson Dipp.

A sindicância foi instaurada pela Corregedoria com o objetivo de apurar omissões e irregularidades praticadas pelo magistrado. De acordo com o relatório da sindicância, o juiz José de Arimatéia Correia Silva teria agido com parcialidade, causando graves prejuízos a uma das partes, em favorecimento de outra, e paralisado indevidamente alguns processos. Ele teria sido responsável também pela liberação, sem pedido da parte e sem exigência de caução, de R$ 3,3 milhões num processo de indenização por danos materiais e morais (processo 26744/2008).  Em outra ação (processo n. 1086/2000), o magistrado determinou o bloqueio online de R$ 1,4 milhão do Banco do Brasil. Pelo não cumprimento da decisão, o magistrado determinou multa de R$ 15 mil por hora, caso o valor não fosse bloqueado.

A Corregedoria verificou ainda que a Vara, cujo magistrado é titular, possuía processos paralisados desde 1982 e outros conclusos (prontos para sentença) desde 1998. Diante dos fatos apontados pela sindicância, os conselheiros decidiram instaurar o Processo Administrativo Disciplinar e determinaram que em 15 dias o Tribunal de Justiça do Maranhão suspenda todas as vantagens do magistrado, como: uso de carro oficial, motorista,nomeação, manutenção ou designação de servidores para cargos de confiança ou funções comissionadas, dentre outras, com exceção dos vencimentos. Além disso, o CNJ vai encaminhar cópias da sindicância à Ordem dos Advogados do Brasil, seção Maranhão, e à Ordem dos Advogados do Brasil Nacional para que as entidades avaliem a conduta dos advogados beneficiados com as decisões do magistrado.

EN/MM

Agência CNJ de Notícias

Li no blog do Itevaldo

CNJ JULGA ARIMATÉIA & MEGBEL NESTA TERÇA-FEIRA

Adiado há duas semanas, o pleno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julga na sessão de amanhã (9) o relatório das sindicâncias dos juizes de José Arimatéia Silva, da 5ª Vara Cível e Megbel Abdalla, da 4a Vara da Fazenda Pública, da justiça estadual. Eles compõem uma lista, de oito magistrados maranhenses que respondem a sindicância no conselho.

O juiz José Arimatéia responde à sindicância nº 2009.10.00.001569-4 e Megbel Abdalla a Nº 2009.10.00.000849-5, ambass relatadas pelo ministro Gilson Dipp, Corregedor Nacional de Justiça.

Megbel Abdalla e José Arimatéia compõem a lista de juízes que tiveram os juízos onde atuam inspecionados pelo CNJ e depois correicionados pela Corregedoria Geral de Justiça (CGJ), a época comandada pelo desembargador Jamil Gedeon. O processo contra Megbel foi o primeiro a ser avocado pelo conselho em abril de 2009.

Em novembro passado, o CNJ afastou por unanimidade de suas funções o juiz Abrahão Lincoln Sauáia, da 6ª Vara Civel de São Luís, que também passou pela inspeção do conselho e a correição da CGJ.

Abdalla tem como advogado Luciana Christina Guimarães Lóssio, já Arimatéia é assistido pelos advogados Marília Ferreira Nogueira do Lago e João Ulisses de Britto Azêdo.

Na pauta do CNJ amanhã, há ainda um Procedimentos de Controle Administrativo (PCA), do Sindjus; um Pedido de Providência (PP) que trata de nepotismo do Sintrajufe contra Tribunal Regional do Trabalho (TRT-16a Região).

Repercutindo a minha promoção

Li no Blogue do Colunão, do respeitado jornalista Walter Rodrigues

Zé Luiz Almeida desembargador

José Luiz Oliveira de Almeida, titular da 7a Vara Criminal de São Luís, foi promovido a desembargador nesta quarta-feira (3), pelo critério de antiguidade.
Trata-se de um dos bons juízes do Maranhão, em singular contraste com vários outros que envergonham a categoria. Se este fosse um mundo de justiça, há muito teria ascendido ao desembargo por merecimento.
“Meu objetivo sempre foi servir à comunidade. Eu nunca trabalhei pensando em mim, pensando nos benefícios do cargo, pensando nos favores, pensando nas influências, pensando em outra coisa que não fosse servir à comunidade”, disse.

Dia da posse

Minha posse está marcada para o dia 22 do corrente, às 10h00, no pleno do Tribunal de Justiça.  Será um ato bastante austero, com a simplicidade possível. Sem muito oba-oba. Poucos serão os convidados. Limitar-me-ei aos amigos mais próximos e às autoridades pelas quais tenho admiração. Nada de badalação. Minha posse tem que ter a minha cara. Nada de exageros! Nada de gastança desenfreadas!  Tudo muito comedito – menos as palavras, quando da minha oração, pois há muito o que dizer, há muito o que refletir, há muito a ser ponderado.

Não sei se mereço tanto

Recebi –  pessoalmente, no meu blog e nas minhas caixas de e-mails –  manifestações várias, em face da minha promoção. Não sei se mereço tantos elogios. Acho, até, que há um certo exagero. Sei, todavia, que, a cada manifestação, a minha responsabilidade aumenta. Cada dia mais tenho que vigiar os meus passos. Eu não posso cair em tentação. Eu não posso decepcionar os que acreditam em mim. A minha credibilidade e a minha honra são o meu maior patrimônio.

Muito obrigado a todos pelas manifestações de carinho. Li e reli todas as manifestações. Sinto-me honrado mesmo.

Não se julga com ódio no coração

Quando visto a minha toga não tenho inimigos e nem tenho ódio. Quem julga com o coração impregnado de ódio julga mal.

Quando eu colocar a minha toga e me sentar para proferir um voto, vou esquecer as divergências pessoais. Ou assim procedo ou não sou digno da toga que visto.

Mas que fique claro: não participarei de qualquer discussão em plenário ou na Câmara Criminal que não seja em alto nível. Terei, sempre, pelos meus pares a maior tolerância e respeito e deles vou exigir reciprocidade.

Uma discussão sem nível nos coloca muito mal diante da população. Nesse sentido, entendo, por exemplo,  que quando um magistrado profere um voto e se lhe viram as costas por entendê-lo cansativo, está-se, de certa maneira, virando as costas para os jurisdicionados.

A urbanidade, a elegância e a tolerância serão a marca da minha atuação. Quem me conhece sabe que não estou blefando.

Maior é a minha fé

Estou desembargador. Não sei por quanto tempo. Não sou do tipo que se apega ao cargo como se fosse propriedade privada. Vou tentar fazer alguma coisa positiva em benefício dos jurisdicionados. Só isso importa. Se isso não for possível, então tchau!

Passei a manhã  de ontem no forum me despedindo dos meus colegas. A todos que cumprimentei deixei claro o meu desejo de ser um porta-voz da primeira instância. Não vou esquecer as dificuldades que tive para exercer as minhas atividades, numa instância historicamente relegada a segundo plano.

Recebi muitas homenagens, muitos e-mails e muitos elogios. Não sei se mereço tanto. Só sei que sou bem intencionado. Só sei que vou fazer o possível. Só sei que o sentimento que me move é o sentimento de bem servir.

Do cargo, todos sabem, não quero benefícios de ordem pessoal. Não quero ser bajulado. Não quero ser querido em face do poder. Quero ser amado e prestigiado pelo que sou, pela minha história, pelo que construi nesses vinte e quatro anos dedicados à magistratura.

Maior que tudo é a minha fé de que, com os meus pares, muito faremos – ou tentaremos, pelos menos –  para bem servir à comunidade.

Vou continuar agindo como sempre agi. As portas do meu gabinete estarão sempre abertas para todos, indistintamente.

A regra no meu gabinete no Tribunal de Justiça será a mesma que regia o meu gabinete no Forum: não existe essa de passa amanhã ou estou ocupado agora. Todos que nos procurarem só sairão do meu gabinete com uma resposta para o que buscou. É o mínimo que posso fazer.

E vamos à luta com fé e esperança.

Do site do Tribunal de Justiça do Maranhão

José Luiz Almeida é o novo desembargador do TJ

Novo desembargador presta compromisso de posse

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O juiz de direito José Luiz Oliveira de Almeida, titular da 7ª Vara Criminal de São Luís, foi eleito, por unanimidade, nesta quarta-feira, 3, para o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, pelo critério de antiguidade. O magistrado tomou posse logo após a sessão administrativa, na sala das sessões plenárias, acompanhado da família.
Em breve discurso improvisado, o desembargador eleito agradeceu aos novos colegas e disse que chega ao TJ com o propósito de somar e servir. “O meu objetivo sempre foi servir à comunidade. Eu nunca trabalhei pensando em mim, pensando nos benefícios do cargo, pensando nos favores, pensando nas influências, pensando em outra coisa que não fosse servir à comunidade”, enfatizou. Almeida chegou ao Tribunal acompanhado da esposa, Ana Rita, dos filhos, Roberto e Ana Paula, e de outros parentes.
Antes de o Pleno votar o acesso ao cargo, o presidente do TJ, desembargador Jamil Gedeon, submeteu aos desembargadores a petição da juíza de direito Florita Castelo Branco Campos Pinho, protocolizada em 26 de janeiro, requerendo, liminarmente, a sustação de ato de nomeação ao cargo de desembargador, até que seu pedido de reclassificação na lista de antiguidade fosse julgado. Jamil Gedeon indeferiu os pedidos da magistrada, e foi acompanhado pela unanimidade dos desembargadores presentes.
Na petição, a magistrada afirma haver sido aposentada compulsoriamente em dezembro de 1993, quando era juíza da 2ª Vara da Família de Imperatriz, então de 3ª entrância, e reintegrada em junho de 2004, tendo sido promovida para a 1ª Vara Criminal da capital, por força de sentença proferida em ação ordinária de nulidade de ato administrativo. Alegou ter reivindicado sua reclassificação na ordem de antiguidade no cargo, e ressaltou que vários pedidos formulados foram ignorados e indeferidos.
Em análise ao pedido, o presidente Jamil Gedeon constatou que a aposentadoria compulsória da magistrada foi levada a efeito em 13 de dezembro de 1993, na comarca de Imperatriz, então de 3ª entrância (atualmente entrância intermediária), enquanto o juiz José Luiz Almeida já contava, na lista publicada em 31 de dezembro, com 1 ano, 10 meses e 16 dias na entrância final, o que impossibilitaria a juíza Florita de ser mais antiga.
Perfil – José Luiz Almeida integra a magistratura há 24 anos. Natural de Vitorino Freire, iniciou sua carreira em novembro de 1986, nomeado juiz-substituto e imediatamente titularizado na comarca de Presidente Dutra. Foi promovido por merecimento para as comarcas de Colinas, em março de 1990; Imperatriz, em junho do mesmo ano; e para o cargo de juiz auxiliar de São Luís, em fevereiro de 1992. Tornou-se titular da 7ª Vara Criminal há 18 anos. Foi também juiz eleitoral da 10ª zona da capital durante 10 anos (1992 a 2004).
Escolhido para ocupar o cargo em função da aposentadoria do desembargador Mário Lima Reis, o juiz José Luiz é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), desde 1977. Foi promotor de Justiça com atuações nos municípios de São João dos Patos e Cururupu. É casado e pai de dois filhos. Também lecionou como professor da UFMA na capital e em Imperatriz.
Paulo Lafene
Andréa Colins
Tribunal de Justiça
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2106-9023 / 9024