O STJ mandou prender o governador Arruda, do Distrito Federal.
Os tempos, definitivamente, são outros. Mais cedo do que se imagina começarão a ser presos os togas sujas. E quando esse dia chegar…!
O STJ mandou prender o governador Arruda, do Distrito Federal.
Os tempos, definitivamente, são outros. Mais cedo do que se imagina começarão a ser presos os togas sujas. E quando esse dia chegar…!
Capturada no blog de Walter Rodrigues
http://www.walter-rodrigues.jor.br/
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) já suspendeu das funções três juízes maranhense, para processá-los pelo cometimento de irregularidades. No TJ-MA (Tribunal de Justiça do Maranhão), nenhum deles responde a processo de iniciativa do tribunal. Um relatório da Corregedoria da Justiça que os incriminava foi arquivado
O primeiro apanhado pelo CNJ foi Abrahão Lincoln Sauáia, que desinfetou da 6a vara cível. O segundo, José Arimatéia Silva, cuja ausência melhora os ares da 5a vara. Megbel Abdalla, da 3a da Fazenda Pública, foi o terceiro, afastado ontem.
Nenhum dos três é principiante. O governador ainda era Cafeteira (1987-90) quando o TJ-MA (Tribunal de Justiça do Maranhão) recebeu o que talvez não fosse a primeira representação contra Sauáia.
Em processos dele há vários casos de concessão de tutela antecipada sem motivo, penhoras on-line de contas de empresas a que não dera oportunidade de apontar sua defesa e aplicação de multas descabidas. Também chama atenção a rapidez com que o juiz decide e manda executar os bloqueios suspeitos, em contraste com o descaso concedido a processos que não valem dinheiro ou que tratam de quantias pouco expressivas. Mas, como ele gosta de enfatizar, nunca sofreu nenhuma punição do TJ, onde não lhe faltam admiradores.
Celebridade
Arimatéia ganhou fama nacional em 1997, ano em que uma CPI da Câmara dos Deputados (Narcotráfico) indiciou-se por traficar alvarás de fiel depositário de veículos roubados. Mas já fora motivo de escândalo na turbulenta passagem pela comarca de Caxias.
Em diferentes oportunidades, as duas facções rivais caxienses, a de Paulo Marinho e a do ex-senador Alexandre Costa, acusaram-no de aceitar suborno. Mais tarde vamos encontrá-lo liberando irregularmente depósitos bancários bloqueados por outro magistrado (o dinheiro estava na conta de um presidiário envolvido em famoso escândalo do Detran (1992).
Num dos casos atuais apurados pelo CNJ, Arimatéia mandou o Banco do Brasil pagar quase R$ 1,5 milhão à transportadora Del Rey Ltda, no prazo de apenas duas horas, sob pena de multa de R$ 15 mil por hora. Sem justa causa.
O BB reagiu interpondo “agravo de instrumento”, atendido pelo desembargador Mário Lima Reis. Mesmo assim, advogados da Del Rey e oficiais de justiça, instruídos pelo juíz, tentaram levar o dinheiro de qualquer maneira, ameaçando de prisão os funcionários da agência Jaracati do BB.
Foi preciso que os funcionários do banco impetrassem um habeas corpus coletivo, concedido pelo desembargador Milson Coutinho, para escapar da arbitrariedade.
Presente de natal
Megbel Abdalla enrolou-se principalmente no caso Viatur, empresa de um sobrinho do ex-governador Jackson Lago (PDT). Trata-se de Raimundo José Lago e Lima, irmão de Paulo Lago, um dos alvos da Operação Navalha (Polícia Federal, 2007) e réu no processo do bando Gautama, denunciado pela Procuradoria Geral da República.
Raimundinho Lago é o principal operador da empresa, registrada em nome de Karine Lima, mulher dele. Paulo Helder, procurador-geral do município na administração Tadeu Palácio, e Daniel Leite, subprocurador, foram advogados da Viatur antes da assunção dos cargos. Daniel foi também advogado de Jackson no caso Gautama e noutros feitos.
O resto foi narrado assim na edição de 16/1/2009, deste blogue:
“A malandragem consistiu em convencer o juiz Megbel Abdalla a determinar o saque de R$ 6,4 milhões da Prefeitura, para pagamento de improváveis serviços prestados pela Viatur à municipalidade.
O respectivo mandado de segurança foi impetrado no dia 24, quando Megbel, que também é juiz do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), gozando as férias forenses, cuidava de homenagear o nascimento do Menino Jesus.
Não se sabe exatamente como, a estrela de Belém, subitamente enviezada, conduziu Megbel de volta ao fórum, onde atendeu ao requerimento da Viatur de Raimundinho Lago.
Megbel concedeu a liminar no dia 30, quando eram mínimas as possibilidades de revertê-la a tempo. A sorte do prefeito eleito João Castelo (PSDB), que assumiria no dia seguinte, é que alguém do Banco do Brasil deu o sinal de alarme.
Quem pediu a cassação da liminar foi o procurador-geral do Município, Paulo Hélder, o qual — ó eterna oligarquia — vem a ser cunhado de Wagner Lago, irmão de Jackson Lago [e também réu no processo Gautama, depois de atuar como secretário de Relações Institucionais do governo do irmão em Brasília].
Hélder não teve jeito. Sob pressão moral irresistível, assinou a petição provavelmente redigida não por ele, mas por seu sucessor designado na Procuradoria-Geral, Francisco de Assis Souza Coelho Filho, ex-diretor geral do Tribunal de Justiça do Maranhão na presidência de Etelvina Gonçalves, prima de Castelo. Nenhum dos quais é santo, aliás: nem Francisco, nem Etelvina, nem Castelo.
Amigos de Tadeu ouviram dele que o caso Viatur foi um golpe jackista-castelista armado para sangrar o município e deixá-lo sem meios de saldar compromissos agendados.
Pode ser, pode não ser. Não parece. Parece mais um golpe de pedetistas unidos que jamais serão vencidos, jackistas e palacistas, e custa crer que Tadeu não sabia de nada.”
Foi o desembargador Bayma Araújo quem cassou a liminar papai-noel do esquema Viatur.
Faltam cinco
O CNJ ainda não marcou a data para apreciar os relatórios contra outros cinco juízes maranhenses suspeitos de comportamento incompatível. São eles Raimundo Sampaio, Douglas Amorim, Nemias Carvalho, Luiz Gonzaga e Luiz Carlos Nunes Freire.
Esses cinco e os outros três foram criticados repetidamente peloColunão, muito antes que o CNJ resolvesse investigá-los.
Por coincidência, Sampaio e Amorim deram ordens de censura contra este blogue (já revogadas pelo TJ), uma delas em benefício de Sauáia. E Sauáia move ação por “danos morais” contra o jornalista.
Walter Rodrigues | 15:34
Muitos me perguntam como vou fazer a diferença o TJ. Confesso que não sei. Eu só sei que vou continuar a mesma pessoa. Tenho convicção que não vou mudar. Eu sempre condenei quem, no poder, se enche de vaidade e olha o semelhante como se fosse um ser inferior.
Quanto ao TJ, só posso dizer que ainda não senti o seu coração pulsar, pois ainda estou de férias e aproveitando o ensejo para arrumar o meu gabinete.
Tão logo possa compartilhar com os senhores alguma coisa que diga respeito aos julgamentos no TJ, o farei.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acaba de afastar de suas funções o juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Megbel Abdalla. Os conselheiros aprovaram por 10 votos a 2 o relatório do corregedor ministro Gilson Dipp.
Megbel Abdalla junta-se aos magistrados Abrahão Sauaia e José Arimatéia já afastados pelo CNJ após sindicância. Um dos votos divergentes foi do conselheiro Leomar Barros Amorim.
O processo de Megbel Abdalla foi o primeiro a ser avocado pelo CNJ em abril de 2009. Na época, o pleno do TJ-MA acatou uma ‘tese’ da desembargadora Cleonice Freire, segundo a qual, Megbel Abdalla não poderia ser correicionado por juízes mais novos na magistratura.
A desembargadora defendeu ainda que por ser mais antigo e ter figurado duas vezes na lista quíntupla para a vaga de desembargador, “seria prejudicado por um juiz corregedor que tivesse interesse em ir para a Corte”, raciocinou Cleonice. Ela é hoje vice-presidente do TJ-MA.
Na época o procedimento de investigatório proposto contra o juiz Megbel Abdalla, pela Corregedoria Geral de Justiça (TJ-MA) foi derrubado pelo pleno do Tribunal de Justiça por 15 x 4. (leia aqui)
Um mês depois de ter avocado o processo contra o juíz Megbel Abdalla. O CNJ avocaria todos os demais procedimentos contra os magistrados propostos pela correição, comandada à época pelo hoje presidente do TJ-MA, Jamil Gedeon Neto.
Um dos casos apurados pela CGJ no ano passado foi a concessão de uma liminar favorável a um mandado de segurança impetrado pela empresa Viatur – Turismo e Transporte Ltda contra a prefeitura de São Luís, no fim do governo Tadeu Palácio (ex-PDT, hoje PMDB), em 30 de dezembro de 2008.
Segundo o relatório da CGJ o juiz Megbel Abdalla, com uma celeridade processual incrível (ou seja, no mesmo dia), ter concedido de pronto a liminar mandando que o Banco do Brasil efetuasse o imediato pagamento de R$ 6,4 milhões, mediante o depósito deste valor em três contas específicas. O juiz estabeleceu ainda uma multa de R$ 100 mil por dia, em caso de descumprimento da sua decisão.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar preventivamente de suas funções o juiz José de Arimatéia Correia Silva. Além disso, o Conselho vai instaurar Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para verificar supostas irregularidades cometidas pelo magistrado que é titular da 5ª Vara Cível da Comarca de São Luís (MA). A decisão foi tomada por unanimidade na sessão plenária desta terça-feira (09/02). Os conselheiros analisaram a sindicância (0001569-51.2009.2.00.0000) instaurada pela Corregedoria Nacional de Justiça e relatada pelo ministro Gilson Dipp.
A sindicância foi instaurada pela Corregedoria com o objetivo de apurar omissões e irregularidades praticadas pelo magistrado. De acordo com o relatório da sindicância, o juiz José de Arimatéia Correia Silva teria agido com parcialidade, causando graves prejuízos a uma das partes, em favorecimento de outra, e paralisado indevidamente alguns processos. Ele teria sido responsável também pela liberação, sem pedido da parte e sem exigência de caução, de R$ 3,3 milhões num processo de indenização por danos materiais e morais (processo 26744/2008). Em outra ação (processo n. 1086/2000), o magistrado determinou o bloqueio online de R$ 1,4 milhão do Banco do Brasil. Pelo não cumprimento da decisão, o magistrado determinou multa de R$ 15 mil por hora, caso o valor não fosse bloqueado.
A Corregedoria verificou ainda que a Vara, cujo magistrado é titular, possuía processos paralisados desde 1982 e outros conclusos (prontos para sentença) desde 1998. Diante dos fatos apontados pela sindicância, os conselheiros decidiram instaurar o Processo Administrativo Disciplinar e determinaram que em 15 dias o Tribunal de Justiça do Maranhão suspenda todas as vantagens do magistrado, como: uso de carro oficial, motorista,nomeação, manutenção ou designação de servidores para cargos de confiança ou funções comissionadas, dentre outras, com exceção dos vencimentos. Além disso, o CNJ vai encaminhar cópias da sindicância à Ordem dos Advogados do Brasil, seção Maranhão, e à Ordem dos Advogados do Brasil Nacional para que as entidades avaliem a conduta dos advogados beneficiados com as decisões do magistrado.
EN/MM
Agência CNJ de Notícias
CNJ JULGA ARIMATÉIA & MEGBEL NESTA TERÇA-FEIRA
Adiado há duas semanas, o pleno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julga na sessão de amanhã (9) o relatório das sindicâncias dos juizes de José Arimatéia Silva, da 5ª Vara Cível e Megbel Abdalla, da 4a Vara da Fazenda Pública, da justiça estadual. Eles compõem uma lista, de oito magistrados maranhenses que respondem a sindicância no conselho.
O juiz José Arimatéia responde à sindicância nº 2009.10.00.001569-4 e Megbel Abdalla a Nº 2009.10.00.000849-5, ambass relatadas pelo ministro Gilson Dipp, Corregedor Nacional de Justiça.
Megbel Abdalla e José Arimatéia compõem a lista de juízes que tiveram os juízos onde atuam inspecionados pelo CNJ e depois correicionados pela Corregedoria Geral de Justiça (CGJ), a época comandada pelo desembargador Jamil Gedeon. O processo contra Megbel foi o primeiro a ser avocado pelo conselho em abril de 2009.
Em novembro passado, o CNJ afastou por unanimidade de suas funções o juiz Abrahão Lincoln Sauáia, da 6ª Vara Civel de São Luís, que também passou pela inspeção do conselho e a correição da CGJ.
Abdalla tem como advogado Luciana Christina Guimarães Lóssio, já Arimatéia é assistido pelos advogados Marília Ferreira Nogueira do Lago e João Ulisses de Britto Azêdo.
Na pauta do CNJ amanhã, há ainda um Procedimentos de Controle Administrativo (PCA), do Sindjus; um Pedido de Providência (PP) que trata de nepotismo do Sintrajufe contra Tribunal Regional do Trabalho (TRT-16a Região).
Li no Blogue do Colunão, do respeitado jornalista Walter Rodrigues
Zé Luiz Almeida desembargador
José Luiz Oliveira de Almeida, titular da 7a Vara Criminal de São Luís, foi promovido a desembargador nesta quarta-feira (3), pelo critério de antiguidade.
Trata-se de um dos bons juízes do Maranhão, em singular contraste com vários outros que envergonham a categoria. Se este fosse um mundo de justiça, há muito teria ascendido ao desembargo por merecimento.
“Meu objetivo sempre foi servir à comunidade. Eu nunca trabalhei pensando em mim, pensando nos benefícios do cargo, pensando nos favores, pensando nas influências, pensando em outra coisa que não fosse servir à comunidade”, disse.
Minha posse está marcada para o dia 22 do corrente, às 10h00, no pleno do Tribunal de Justiça. Será um ato bastante austero, com a simplicidade possível. Sem muito oba-oba. Poucos serão os convidados. Limitar-me-ei aos amigos mais próximos e às autoridades pelas quais tenho admiração. Nada de badalação. Minha posse tem que ter a minha cara. Nada de exageros! Nada de gastança desenfreadas! Tudo muito comedito – menos as palavras, quando da minha oração, pois há muito o que dizer, há muito o que refletir, há muito a ser ponderado.