É preciso acreditar que não somos iguais

Sempre que se noticia desvio de conduta de um magistrado, alguns oportunistas aproveitam o ensejo para atacar a todos, indistintamente, como se todos fôssemos e agíssemos da mesma forma.  Felizmente,  ainda há vozes do bom senso que se encarregam de colocar as coisas no seu devido lugar.

O trecho que publico a seguir foi apanhado de um discurso de formatura na UERJ, da lavra do eminente professor Luis Roberto Barroso, e  vem na direção dessas reflexões.

“(…)Creio – com reservas, mas empenhadamente – na justiça dos homens. Sei que ela tarda, às vezes falha e tem uma queda pelos mais ricos. Mas eu conheço uma legião de pessoas decentes, juízes, promotores, defensores, advogados que se dedicam ao seu ofício com tal integridade, que não posso deixar de acreditar no que eles fazem. Gente que cumpre bem o seu papel, grande ou pequeno. Considero que este é outro segredo da vida: fazer bem feita a parte que lhe toca. Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito. Mas creio, sobretudo, na Justiça do universo, no curso da história, no processo civilizatório, em um futuro de fraternidade e delicadeza. Creio na redistribuição paulatina do poder e da riqueza e creio na progressiva inclusão social dos excluídos. Sobre a justiça, gostaria de dizer-lhes ainda duas coisas(…)”

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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