Feministas se articulam pela rejeição da já famigerada Bolsa Estupro; entendem que legitima a violência contra a mulher.
Mas há quem concorde com a bolsa. Há grupos religiosos que elogiaram a proposta que, todos já sabem, prevê, dentre outras, uma ajuda financeira às mulheres vítimas de estupro.
As vozes discordantes alegam, sobretudo, que o direito da mulher de decidir sobre o seu próprio corpo é ignorado na proposta. Argumentam, ademais, que as mulheres são tratadas de forma cruel e desumana.
É necessário uma análise menos apaixonada da proposta. Os críticos, ao que parece, fecham os olhos para o que consta de bom no projeto, como, por exemplo, a prioridade de assistência aos nascituro concebido em um ato de violência e o acompanhamento psicológico à mulher estuprada, e material à saúde e educação da criança.
De toda sorte, o projeto está aí para ser discutido.