A presidente Dilma passa por momentos tormentosos – todos passamos, afinal. A condição dela, no entanto, de presidente da república, é, sem dúvidas, a mais tormentosa de todas. É no colo dela, afinal, que cairão todas as consequências da revolta que tomou conta do povo brasileiro, fruto de anos e anos de descaso e de omissão do poder público.
O curioso nessa conjuntura, é a felicidade de alguns políticos com a fragilidade da presidente Dilma. Agora, dizem eles, sem muita reserva, como está fragilizada, os seus pleitos serão mais facilmente atendidos. É dizer: aproveitam esses momentos difíceis pelos quais passa a nação para obtenção de vantagens de ordem pessoal.
Para muitos desses oportunistas, a presidente, agora, com a popularidade em baixa, não pode mais tratá-los com indiferença, pois agora as decisões políticas mais relevantes dependem deles. E eles, todos sabemos, não são de fazer graça pra ninguém.
Resumo da ópera: para muitos, o que interessa mesmo não é o bem do Brasil, mas a satisfação dos seus interesses pessoais.
Vejam o que fez o presidente da Câmara Federal: em plena efervescência política, com o povo nas ruas protestando contra tudo e contra todos, ele aproveita-se da condição de presidente da Câmara Federal, terceiro na linha sucessória, e usa um avião da FAB para si e para os seus apaniguados fazerem turismo no Rio de Janeiro, com direito a gabolice nas redes sociais, como se vivêssemos na ilha da fantasia.