Recordando a repercussão em todo Brasil da famigerada promoção da cunhada de José Sarney

A revista Veja, a propósito da promoção de Nelma Costa, na sua edição de nº 1.726, de 14 de novembro de 2001, estupefata com o poder de mando da família Sarney, publicou ampla matéria nesse sentido, de cuja matéria extraio o seguinte fragmento:  

“…Suas contas sempre foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, sem uma única retificação. Dos sete conselheiros do tribunal, quatro têm relação direta com os Sarney: dois são aliados políticos, o terceiro é primo de um aliado e o quarto é primo do próprio Sarney. No Tribunal de Justiça, o domínio se repete. Recentemente, uma cunhada de Sarney, Nelma Sarney, foi eleita desembargadora, mesmo não sendo sua vez de chegar ao posto. Uma das explicações para tanto poder está no formidável império de comunicação dos Sarney. Num fenômeno típico do Norte e Nordeste, em que as oligarquias políticas detêm o controle dos meios de comunicação, os Sarney são donos de quatro emissoras de televisão, que transmitem a programação da Rede Globo para todo o Estado, controlam o jornal diário de maior circulação, O Estado do Maranhão, e possuem ainda catorze emissoras de rádio, na capital e no interior. Não passa um dia sem que um desses veículos saia com alguma reportagem positiva sobre o governo do Estado…”

Do excerto supra pode-se ver que a pressão exercida por Sarney e Roseana para promover Nelma Costa já tinha repercutido em todo Brasil, bem antes da denúncia que fiz à revista Carta Capital, a qual teve como único objetivo desmentir o “estadista” José Sarney.

 

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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