Na adversidade as pessoas se revelam

Não tem jeito: é na adversidade que as pessoas se revelam, mostram a sua cara. É na adversidade que as pessoas têm condições de reafirmar o seu valor, o seu caráter, a sua essência.

Na adversidade somos surpreendidos com a solidariedade sincera de pessoas que a gente sequer colocou no rol das que mais prezamos. Nessa mesma adversidade, a gente espera a manifestação de carinho de quem muito prezamos e essa manifestação não vem.

Pessoas muito próximas da gente, surpreendemente, diante dos infortúnios pelos quais passamos, não fazem um único gesto de apreço – mínimo, insignificante que seja. Há pessoas, lado outro, que, sem que a gente espere, mostram-se, nessas circunstâncias, mais do que solidárias, surpreendendo a gente.

É claro que todos nós nos sentimos bem em ser cortejados, em ser amados, em ser protegidos. É por isso que sempre esperamos do semelhante, sobretudo daqueles que muito estimamos, manifestações nesse sentido – na borrasca e na bonança.

Em face do acidente que me vitimou, pude testemunhar, mais uma vez, que a minha mulher mostrou-se por inteiro. Ela, posso reafirmar, é a tradução do que significa solidariedade, dedicação, apreço e carinho.

Essas linhas são, pois, apenas para consignar, mais uma vez, o meu reconhecimento e a minha gratidão por aquela que tem sido a companheira inseparável nos meus momentos de alegria e tristeza; muito mais alegria que tristeza, faço questão de registrar.


Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

4 comentários em “Na adversidade as pessoas se revelam”

  1. Concordo que nas adversidades as pessoas se revelam e também quando estão distraídas sem a vigilância da oportunidade.
    A gratidão que o Senhor relatou e o reconhecimento pela companhia da sua mulher é um bem precioso que está no seu coração e estando lá só podem exercer uma via atrativa de outros bens favoráveis e benignos…é uma corrente boa que auxilia a recuperação , a saúde e o bem estar em geral.

    É um primeiro post que li em seu blog e senti essa corrente de energia boa.

  2. Prezado Dr. José Luiz,

    venho frequentando seu blog há algum tempo, porém nesse post fiquei tão emocionada que resolvi comentar.

    Pude sentir os seus sentimentos através das suas sinceras palavras, Parabéns Dr!

    O dia que eu for para o Maranhão vou querer conhecê-lo pessoalmente para cumprimentá-lo, gosto muito do seu trabalho e confio em Vossa Execelência para fazer a diferença no cenário forense deste país.

    Embora eu ainda ter 20 anos, vou alcançar a Magistratura (quero ser Juíza no Nordeste, sou de SP mas aqui está muito saturado e a qualidade de vida está péssima, infelizmente) e pretendo seguir o raciocínio do Senhor, és o meu reflexo!

    Um grande abraço,
    Fernanda Martins

  3. Dr. Jozé Luiz,
    Realmente sua esposa é tudo isso que o senhor relatou e muito mais. O que mais admiro no senhor e em sua familia é a humildade e a dedicação que vocês tem um com outro. Que o senhor tenha uma boa recuperação.

    Um grande abraço
    Hildenê Rocha

  4. Desembargador José Luiz,

    Só hoje nós, servidores da Coordenadoria de Jurisprudência e Publicações, soubemos de seu acidente e desejamos seu pronto reestabelecimento.

    Respeitosamente,

    Servidores da Coordenadoria de Jurisprudência e Publicações do TJMA

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