A dor de uma mãe obstinada

A verdade é que os nossos irmãos do Rio de Janeiro são vítimas da incompetência do Estado. Essa afirmação ganha realce quando vejo na imprensa que as autoridades públicas foram alertadas em 2008 para o que viria e nada fizeram. Com essa constatação apenas reafirmo o que tenho dito: eles, os políticos,  são os responsáveis pela dimensão da tragédia. O mais grave é que eles não têm sensibilidade. Para quem a tem,  é muito difícil não sofrer diante do desabafo de uma mãe, que viu o filho morrer soterrado, sem nada poder fazer.

“Se não encontrarem meu filho, eu passo o resto da minha vida tirando aquela lama de lá”.

Palavras da lavradora Patrícia dos Santos, 24, de Sumidouro, Rio de Janeiro.

Ela sabe que nada devolverá a vida do seu filho. O que ela quer é, tão somente, resgatar o seu corpo sem vida.

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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