Passado,presente e futuro

Para e pense: teria  sentido o presente se não houvesse a perspectiva de futuro?

De minha parte compreendo que o presente só tem sentido diante – e em face –  do porvir.

Nada do que fazemos nos dias presentes teria  sentido  não fosse  a (quase ) certeza do futuro.

Plantamos hoje para  colher no futuro.

Planejamos as nossas vidas, as nossas ações em face do futuro.

Se o futuro se esvai em nossa mente, sem que acreditemos  que o que fazemos hoje repercutirá no futuro, então os dias presentes de nada valem.

Vivo, por isso, o presente, com os pés fincados no futuro, entrementes.

Triste daquele que vive o presente com a alma mergulhada (apenas)  no passado.

Há registros históricos dando conta de que Colombo se sentiu mais feliz quando estava prestes (futuro) a descobrir a América do que quando efetivamente a descobriu(passado).

Nos dias presentes vivo  em razão da que há de vir(futuro), com o que justifico a minha razão de existir (presente)

É inaceitável, para mim, que as minhas aflições, as minhas inquietações, as minhas angústias  nos dias presentes  sejam em vão, diante da perspectiva de um não vir.

Olho para frente e – que bom! –  ainda vejo o  horizonte . Por isso continuo, por isso sigo em frente: rompendo as amarras, enfrentando as intempéries, expungindo as dificuldades, pavimentando o caminho que me levará adiante, na certeza de que quando  do meu ponto de observação não for possível vislumbrar o  futuro,   a vida  tende a perder  o sentido.

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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