Para e pense: teria sentido o presente se não houvesse a perspectiva de futuro?
De minha parte compreendo que o presente só tem sentido diante – e em face – do porvir.
Nada do que fazemos nos dias presentes teria sentido não fosse a (quase ) certeza do futuro.
Plantamos hoje para colher no futuro.
Planejamos as nossas vidas, as nossas ações em face do futuro.
Se o futuro se esvai em nossa mente, sem que acreditemos que o que fazemos hoje repercutirá no futuro, então os dias presentes de nada valem.
Vivo, por isso, o presente, com os pés fincados no futuro, entrementes.
Triste daquele que vive o presente com a alma mergulhada (apenas) no passado.
Há registros históricos dando conta de que Colombo se sentiu mais feliz quando estava prestes (futuro) a descobrir a América do que quando efetivamente a descobriu(passado).
Nos dias presentes vivo em razão da que há de vir(futuro), com o que justifico a minha razão de existir (presente)
É inaceitável, para mim, que as minhas aflições, as minhas inquietações, as minhas angústias nos dias presentes sejam em vão, diante da perspectiva de um não vir.
Olho para frente e – que bom! – ainda vejo o horizonte . Por isso continuo, por isso sigo em frente: rompendo as amarras, enfrentando as intempéries, expungindo as dificuldades, pavimentando o caminho que me levará adiante, na certeza de que quando do meu ponto de observação não for possível vislumbrar o futuro, a vida tende a perder o sentido.