Olho para dentro de mim mesmo e vejo o meu espírito pacificado. Difícil, nos dias atuais, poder admitir isso. Mas tenho convicção que posso fazer essa afirmação. Eu vivo, sim, em paz comigo mesmo e com as pessoas das quais dependo para viver.
Olho em volta e vejo paz e concórdia, absoluta harmonia e benquerença; não vejo inimigos ou desafetos a merecerem de mim alguma atenção. Se eles existem – e devem existir, sim – não faço conta de sua existência.
E por que entendo estar com o espírito pacificado?
Porque julgo que tenho acertado mais que errado, que tenho sido mais sincero do que insincero, que tenho construído mais que destruído, que tenho cuidado bem das pessoas que amo, e, mais importante, não tenho apego a bens materiais, que, afinal, são o grande vetor de discórdia da humanidade, donde dimanam as mazelas do mundo, razão de todos os conflitos.
Diante desse quadro só posso concluir que meu espírito está mesmo pacificado.
Mas não 100% pacificado. É que ainda tenha a tola mania de antecipar, por exemplo, a dor de uma saudade e de me envolver emocionalmente com o sofrimento de pessoas que conheço muito pouco – ou que, muitas vezes, nem sequer conheço. Nesse sentido, os veículos de informação têm sido um parceiro e tanto. As notícias veiculadas e que envolvam o sofrimento de um semelhante quase sempre mexem com a minha emoção. Eu tento, tento e tento mas não consigo ficar indiferente ao sofrimento do semelhante, sobretudo quando esse sofrimento decorre da omissão do poder público.
Eu sou assim!
Fazer o quê?
Prezado Sr. José Luiz,
Estava eu com o espírito abalado, pois às vezes nos deixamos abalar pelas coisas da vida, coisas que muitas vezes nem merecem atenção. Enfim, ao ler seu post me sentir confortada, pois me passa a mensagem de que somos humanos e como humanos não podemos dar conta de tudo, não devemos nos cobrar demais, muito menos nos acomodar. Portanto, a verdade é, que quando fazemos a diferença, e tentamos fazer nossa parte, mesmo que seja uma parte e não um todo, já é alguma coisa. Assim, percebo que também tenho motivos para ter o espírito pacificado e continuar a caminhada.
Parabéns pelo blog!
Deus o abençoe!
Lu.