Vamos afrouxar de vez?

Todos que tenham o mínimo de sensibilidade e discernimento sabem que os desvios de verbas públicas começam com as famigeradas doações de campanha. É claro que quem doa não o faz pelos belos olhos dos candidatos. As doações são feitas com um claro propósito: de vantagens que virão no futuro governo. Quem doa um quer três em troca. E assim se vai o dinheiro público. Por isso, tantos males nos afligem. Por isso, a educação aos cacos. Por isso, a saúde aos pandarecos. Por isso, as estradas malfeitas. Por isso, o enriquecimento de uns poucos. Por isso, enfim, tanta roubalheira.

Pois bem. Apesar de tudo o que de ruim decorre das famosas e malsinadas doações de campanha, os políticos querem, agora, um maior afrouxamento na prestação de contas, que, de rigor, já são uma fantasia, via reforma eleitoral. Até parece que não viram o povo nas ruas. Até parece que não escutaram as cobranças, que não assistiram a revolta que tomou conta do sofrido povo brasileiro.

Definitivamente, nossa classe política não tem sensibilidade.

Mas vamos esperar para ver!

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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