“Sou juíza há catorze anos. Atualmente sou titular de uma Vara Criminal da Família, Infância e Juventude, numa comarca do interior do Paraná, e conto com cerca de 8000 processos. Vejo-me obrigada a fazer a média de quatro horas extra por dia e levo serviço para casa todos os fins de semana. Particularmente, acho que a discussão sobre os sessenta dias de férias para magistrados se esgotou. A sociedade não admite mais tal ‘privilégio’ e exige que os juízes sejam tratados como trabalhadores comuns. Eu concordo em gênero, número e grau. Dispenso os sessenta dias de férias e exijo o pagamento de horas extras, pagamento pelos plantões que sou obrigada a fazer de madrugada e em fins de semana alternados com outros dois colegas da comarca e adicional de periculosidade. Exijo ser trata como uma trabalhadora comum”
Elaine Cristina Siroti
Juíza de direito da Vara Criminal e Anexos de Sarandi, PR
Interessante, enquanto alguns magistrados tem uma postura louvavel como esta, contibuitiva com a morosidade do judiciario por exemplo, outros desejavam ter direito a 90 dias de férias por anos, se podessem. Por sua vez, boa parte da sociedade formada de “trabalhadores comuns”, se assim podemos chama-los, seria a favor da criação de controle de ponto e jornada para os magistrados, especialmente aos famosos “TQQ’s”.