Já começou a corrida pelas promoções para o segundo grau do Poder Judiciário do Estado do Maranhão, em face da instalação da 5 º Câmara Cível.
Registro que receberei, como sempre o faço, com fidalguia e respeito, todos os colegas que visitarem o meu gabinete, afinal, a despeito do que se comenta, não é verdade que algum dia tenha dito que não pretendia receber meus colegas.
O que eu disse – e que foi deturpado – , e vou repetir agora, é que considero uma agressão, uma ignomínia, uma humilhação descabida, exigir, para votar em um colega, que ele peça o voto ao desembargador.
Acho essa exigência uma covardia, um desrespeito para com os colegas, sobretudo os que trabalham e que não se sujeitam a esse tipo de humilhação.
Confesso que não sei se, nos dias atuais, ainda há colega do 2º grau que faça esse tipo de exigência. Acho, até, que não há. Pelo menos é o que almejo. Se há, desde logo registro a minha indignação com a atitude. Comigo ela não funciona, pois, tenho dito, abomino a promoção por simpatia, quiçá pelo fato de ter sido rejeitado, dentre outras coisas, por não ser simpático.
De qualquer forma, a sorte está lançada. Vou, sim, analisar o trabalho dos colegas que compõem a primeira quinta parte. Votarei nos melhores, sem que precisem vir ao meu gabinete para pedir voto.
Aquele que quiser vir ao meu gabinete tomar um café e tratar de questões de interesse da magistratura, as portas estão abertas. Se for para pedir voto, é melhor que não venha, pois, tenham certeza, u saberei escolher os que, desde a minha compreensão, mereçam que eu sufrague o seu nome.
Quero que compreendam que a minha posição não é contra a ninguém, mas em favor dos que trabalham – que é a absoluta maioria dos concorrentes à vaga – , e, também, uma maneira de desprezar os critérios puramente subjetivos, que, ao longo dos anos, foram responsáveis, nos mais diversos tribunais do país, pela promoção dos simpáticos em detrimentos dos trabalhadores.