A ambição do homem não tem limites. Tem-se exemplos, frequentes, de homens públicos de origem humilde que lutam, além de suas forças, para vencer as dificuldades que lhes são impostas pela vida, para, depois, alcançada uma posição de destaque, ir além, muito além do que era a sua ambição inicial. Ele passa a querer mais, sempre mais. Não se contenta mais com o que já conquistou. Vai adiante! Perde o sentido das coisas! Age sem limites, quiçá estimulado pela impunidade.
Faço essas reflexões em face do noticiado acerca da ação de dois desembargadores do Rio Grande do Norte, denunciados por desvio, em proveito próprio, de verbas públicas.
Fico imaginando como ficam, diante dessas denúncias, os filhos, as noras, os netos e os amigos de um cidadão exposto à execração pública, em face de sua ambição.
Claro que eles podem, sim, provar que tudo não passou de uma acusação leviana. De qualquer sorte, para opinião pública, que costume condenar antes do Poder Judiciário, eles, agora, não passam de dois larápios. Os seus familiares, por isso, pagarão o preço da sua ambição. A história dos dois foi jogada, definitivamente, na lata do lixo. Não há mais nada a fazer, ainda que provem, depois, a sua inocência.