É constrangedor, sim, ler nos diários notícias que há colegas que recebem cem, duzentos, trezentos…seiscentos mil reais por mês. Isso, sím, é um descalabro. Não consigo compreender como são feitos esses cálculos. Sei, no entanto, que, sejam quais forem os meios através dos quais se chegou a esse patamar, ainda que sejam legais, são imorais. Um magistrado não pode receber um salário de seiscentos mil reais como se fosse uma coisa normal. Normal não é! Por isso, os que recebem esses altos salários têm que vir a público se explicar; se é que é possível explicar.
Por essas e por outras é que estamos com a nossa credibilidade se esvaindo. E quando a sociedade não mais acreditar no magistrado, aí, meu amigo, chegamos ao fundo do poço.
Políticos aprontam todas e não mais supreendem. O povo parece que, em relação a eles, não mais se surpreende, conquanto devamos admitir que não são todos farinha do mesmo saco. Agora, um magistrado? Bem, aí me parece que chegamos ao fim da linha.
Agora, é apelar para Deus!