Na próxima quarta-feira haverá promoção por merecimento para o TJ/MA, em face da aposentadoria do desembargador Raimundo Freire Cutrim. Estou analisando as informações dos concorrentes. De rigor, claro, todos podem ser votados. Mas que fique certo que, na minha escolha, não me levarei por questões pessoais. Comigo não vale a simpatia e a cortesia. Vale o que estiver no papel. O escolhido será aquele que, desde a minha avaliação, efetivamente mereça ser promovido. É claro que haverá, sempre, no exame dessas questões, uma pequena dose de subjetivismo. Dizer o contrário é tentar ludibriar. É que, a rigor, não existe ninguém absolutamente neutro, quando se tem que fazer uma escolha. O que devemos fazer, enquanto magistrados, é procurar, com pertinácia, valorizar o melhor, o mais trabalhador, o mais honrado, o de melhor postura, o que tenha uma vida e reputação ilibadas, alguém, enfim, que venha somar, com a sua experiência e cultura jurídica, para valorização da Corte. Nós somos responsáveis pelas nossas escolhas. Escolher um candidato por comiseração, porque seja o mais antigo, porque que lhe resta, por exemplo,. pouco tempo para aposentadoria, é humanamente compreensível, mas, no mesmo passo, um rematado equívoco.