Inquietação

A manutenção deste blog tem sido, para mim, algumas vezes, motivo de inquietação.

Tentarei explicar.

Apesar de o acesso ser muito grande, confesso que não sei muito bem o que o público gostar de ler nele: se matérias jurídicas ou apenas crônicas, nas quais, todos já sabem, exponho os meus pontos de vista acerca dos mais variados temas, com razoável poder de criar desafetos.

É que, malgrado o acesso razoável, poucos são os comentários postados. Com um detalhe: muitos deles, ao invés de no blog, são postados em meu e-mail pessoal.

É como se as pessoas tivessem receio de fazer comentários.

Ou porque, especulo, temem me magoar, ou porque o que escrevo não merece mesmo nenhum comentário.

Sei não! Só sei que isso me confunde um pouco.

Pelo sim e pelo não, vou tentar, a partir da minha volta a São Luis, publicar, concomitantemente, matérias de cunho jurídico e crônicas, na esperança de agradar a todos – ou tentar, pelo menos.

É claro que, muitas vezes, já pensei em encerrar este blog.

Quando penso em fazê-lo, no entanto, sou desestimulado pelas manifestações de apoio que recebo, nos mais diversos locais por onde passo, em face das matérias nele postadas.

Recentemente, por exemplo, no aeroporto,  quando embarcava para São Paulo, ouvi de uma pessoa querida uma manifestaçãao efusiva de que era leitor do meu blog e que admirava a minhas crônicas.

Pronto! Essa manifestação foi o bastante para eu me sentir estimulado a seguir adiante.

Essa e outras tantas manifestações, ao lado do número sempre grande de acessos, me desestimulam, defintivamente, a encerrar as portas do blog.

Mas ele só terá sentido se eu souber como são recebidas as minhas matérias.

Disso só saberei, no entanto, se o leitor decidir participar, postando seu comentário.

De qualquer sorte, vou seguindo com o blog, até o dia que tiver convicção de que ele, fechado, não fará falta a ninguém.

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Um comentário em “Inquietação”

  1. Caro José Luiz, também possuo um blog onde, constantemente, produzo e reproduzo conteúdo de relevância sobre as mais variadas áreas de interesse (não só jurídica). Nele também percebo o mesmo fenômeno, ora objeto de sua “inquietação”. Apesar de relativo número de acessos e de um público médio que costuma acessar nossas postagens, é bem comum a ausência de comentários, mesmo em matérias com temas mais palpitantes.

    Obviamente, quem escreve o faz com a intenção de ser lido, se possível compreendido, e, por fim, tem a expectativa de ser também admirado e reconhecido.

    Apesar disso, diferente de você, não vejo tal ausência de comentários nas postagens como algo negativo. Nem mesmo como sinal de que as matérias não agradam a quem as lê. Entendo que, em sua grande maioria, o público da internet, além de leituras rápidas (e por vezes superficiais), mesmo que tenha algo a dizer, poucas vezes o faz em sites e blogs (salvo algumas exceções notórias). Optam muito mais por ler, apreciar, compartilhar e só.

    Entendo eu que o senhor não deveria ficar insatisfeito com tal fenômeno. O simples fato de ter um público cativo (sim, seu blog possui esse público) e um elevado número de acessos por dia, bem como as demonstrações públicas de pessoas que apreciam sua produção de conteúdo, já dão prova do sucesso desta página.

    Apenas a título de sugestão, talvez fosse interessante também, da parte sua, responder/interagir (no próprio espaço de comentários) com aqueles que ainda se manifestam. Afinal, o público também gosta de saber que o autor levou em conta o que se disse sobre ele.

    Grande abraço.

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