Durante o julgamento do MS que tratava da constitucionalidade do projeto de lei que inibia a criação de novos partidos políticos, Gilmar Mendes e Luiz Fux travaram um diálogo próprio das pessoas que parecem não se querer bem. Assim é que, em dado momento do julgamento, Gilmar Mendes, na defesa de sua tese, afirmou que havia ignorância quanto a jurisprudência do STF sobre a questão. Fux não gostou e interpelou o colega:
-Ignorância de quem?
Ao que respondeu o ministro Gilmar, como veemência:
-Ah, Vossa Excelência não queira me interpelar.
Fux, de seu lado, não deixou barato:
-Não se trata de interpelar. Mas não vou admitir que Vossa Excelência diga que tenho agido com ignorância. Posso entender que a ignorância reside exatamente em um sistema de constitucionalidade como é o nosso, admitir através de mandado de segurança o controle de constitucionalidade material das leis. Então, repudio, se a mim se refere, esse adjetivo.
Que tal?