As pessoas voltam a falar, com insistência, agora que se aproxima a minha promoção – por antiguidade, registre-se –, sobre o meu discurso de posse. Aos que teimam em me apontar como incendiário volto a dizer que não sou inconsequente; que irresponsável também não sou. Meu discurso de posse só tratará de questões institucionais. Nada mais que isso. Tudo o mais é pura especulação. Quero ingressar na Corte para somar em benefício da instituição e, de consequência, dos jurisdicionados. As questões pessoais, para mim, são secundárias. Mas uma coisa é certa: muitos do que me etiquetaram de arrogante e prepotente vão quebrar a cara, pois, mais cedo do que imaginam, concluirão que confundiram, de má fé, obstinação, dedicação e idealismo com arrogância. Tenho a mais absoluta convicção, pelo que penso, pelo que faço, pelo que falo e escrevo, que não serei mais um. Um idealista não se conforma em ser apenas mais um . Quero, sim, fazer a diferença. Quero, sim, destinar a minha pouco inteligência a uma causa nobre. Não vou ser apenas mais um. Não nasci pra ser mais um. Tudo o que aconteceu comigo – de bom e de ruim – será revertido em favor da instiuição.
É uma felicidade ímpar ver um juiz, com tantos anos de magistratura, (ainda) comprometido com a sociedade, portando-se como verdadeiro Servidor (do) Público. É disso que precisamos. Magistrados que vergam sua toga como instumento de transformação social. Façamos um coro contra o comodismo e o conformismo. Sucesso na nova empreitada!