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A doação da medula é simples, sem dor e a medula se regenera em duas semanas
Transcrevo, a seguir, artigo de autoria do jornalista Itevaldo, capturada no Blog do Itevaldo.
Identifiquei-me com as palavras do jornalista, pois que, tanto quanto ele, também sou livre no exercício do meu mister, e não estou a serviço de ninguém, a não ser da minha própria consciência.
As palavras consolidadas na matéria em comento bem que poderiam ser minhas.
Do artigo destaco e transcrevo o excerto a seguir:
Sou livre quando exerço o jornalismo ao meu modo, e ao meu modo quer dizer que o jornalismo não é profissão que se exerça em nome próprio, e sim por representação da sociedade, a quem pertence a informação.
Abaixo, a matéria:
“Guardei uma lição kantiana que define a liberdade como o mais fundamental entre os direitos fundamentais. Tudo que construí até aqui – na minha profissão, nas relações sociais tecidas – foi alicerçada nessa minha garantia de liberdade.
Sou livre quando exerço o jornalismo ao meu modo, e ao meu modo quer dizer que o jornalismo não é profissão que se exerça em nome próprio, e sim por representação da sociedade, a quem pertence a informação.
Sou ainda mais livre quando exerço o meu direito de voto. Nos últimos dias, importunaram um dileto amigo-jornalista, sobre o meu livre direito de votar, e a minha apreensão de que a minha função primária como jornalista é dar aos leitores – do blog e do jornal em que trabalho – a melhor versão da verdade possível de obter.
O voto é a livre manifestação da vontade, neste caso, da minha vontade. Voto pressupõe liberdade.
Compreendo que jornalismo é um bem público. No meu jornalismo não cabe frivolidades. Diante de um assunto interessante, um personagem atraente, um fato que merece ser contado, o Jornalista Nocivo ao Jornalismo saca a caneta e imediatamente pergunta: “Por que publicar?”. Eu pergunto: “POR QUE NÃO”?
Eu apuro – e deixo de apurar – o que quero. Publico – e deixo de publicar – o que desejo. Opino – e deixa de opinar – sobre o que eu bem entendo. Sou livre.
Sou livre quando apuro e escrevo minhas matérias para blog ou as reportagens para o jornal. E sou ainda mais livre para decidir em que eu voto. Essas duas liberdades não se confundem.
Jamais deixaria de exercer livremente o direito de voto, porque trabalho para A ou B; ou porque sou contratado de empresa C ou D. Jamais! Há colegas de profissão que não fazem assim. Eles desejam serem subjugados, dependentes, manietados, encangalhados, enfim.
Tenho e terei sempre muito respeito pelas pessoas com que trabalho ou trabalhei, pelos chefes, pelos donos das empresas. E delas também sempre recebi o mesmo respeito.
Porém, jamais negociarei ou permitirei intervenção no meu direito de votar livremente. De votar em quem eu desejar. Jornalista sempre, cabo eleitoral jamais.
Nos meus 15 anos de jornalismo, jamais coadunei e/ou participei de tropas de choque da intolerância que estão dispostas a exigir a condenação moral de pecadores.
Não sou santo, mas ao ver a lista daqueles que creem ser aqui no Maranhão, estaria eu em péssimas companhias.
Não fiz e faço jornalismo para agradar a este ou aquele. Sempre acreditei no que escrevi e no que escrevo. Tanto aqui no blog, quanto nas reportagens de O Estado. E as fiz com toda a liberdade. E seguirei assim.
No meu pescoço não cabe cangalhas.”