Para os que insistem em justificar o aumento dos salários dos congressistas em face do que recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal, publico, a seguir, excerto do artigo de autoria do economista Roberto Macedo ( Congresso – ‘salários’ como num assalto), da edição de hoje do Estadão, que resume bem a diferença entre as duas atividades.
“[…]Ora, o trabalho dos parlamentares não tem as mesmas responsabilidades e os mesmos requisitos de qualificação e de carreira dos ministros do STF, nem o mesmo regime de dedicação exclusiva, que também alcança o presidente da República e seus ministros. Parlamentares costumam manter outras ocupações, num espectro que varia de trabalhadores sindicalistas a empresários empregadores, passando por agropecuaristas, profissionais liberais e outras, e não há nem acompanhamento nem fiscalização do tempo que gastam e do que ganham nessas atividades, direta ou indiretamente. Aliás, pesquisa recente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostrou que empresários representam 47,9% dos deputados federais e 33,3% dos senadores da nova legislatura[…]”.