Espero, durante o tempo que permanecer no Poder Judiciário, mais precisamente na segunda instância, nunca decidir por mera conveniência ou para atender a pedidos de amigos.
Tenho decidido, em face de todas as questões, apenas de acordo com a minha consciência.
A propósito, ainda recentemente, ainda que esmagado pela maioria, votei pela instauração de processo administrativa contra um colega de primeiro grau. Assim votei porque, para mim, havia dados que permitiam a instauração do procedimento. Fiquei vencido, mas em paz com a minha consciência.
Noutra oportunidade, fui contra a remoção de um juiz de uma vara com quatrocentos processos, para outra com oito mil. Esses dados – e outros tantos – me fizeram concluir que ele não tinha os predicados para assumir a vara. Mais uma vez fui vencido pela maioria.
Devo dizer que, no caso do pedido de remoção, eu tenho um ótimo relacionamento com o juiz removido. No entanto, votei contra as suas pretensões, porque não voto por conveniência; voto e votarei sempre atendendo aos interesses da Justiça.
Desembargador, é admirável o seu modo de pensar e a cada dia mais raro. O que vemos, na maioria das vezes, é que os interesses particulares estão acima de qualquer coisa. Continue assim, pois tenha certeza que é um exemplo para todos nós, eternos estudantes do Direito. Parabéns!!!
Prezado Oliveira.
Mais uma vez me vejo satisfeito e feliz com suas atitudes que pelos meus valores são extremamente corretas e de alguma forma obrigatorias. A situação da sociedade é tão critica que vc em determinados momentos deves ser tratado como: “Aquele que vai acertar sozinho o mundo.” Porem tenho certeza que é gratificante sentar com a familia pra almoçar e poder olhar pra todos: esposa, filhos, mãe, etc de cabeça erguida e o melhor, servir de exemplo.
Tive o prazer de conhecê-lo no Hospital UDI e gostaria que a Justiça Brasileira tivesse um grande percentual de juristas como vc. A tarefa é ardua, mas gratificante. PARABÉNS