Há alguns dias estou me sentindo só – e triste -, em que pese cercado das pessoas – poucas – que amo e que me amam.
Há quase um ano, estando em São Paulo, no Congresso Internacional de Direito Penal, promovido pelo IBCCRIM, tive a oportunidade de, contraditoriamente, refletir acerca da minha solidão, malgrado estivesse convivendo com vários colegas do Brasil – e do mundo -, e estivesse na maior cidade da América do Sul, com tudo de bom – e de ruim – que ela tinha – e tem – a oferecer.
É que, muitas vezes, mesmo acompanhado de várias pessoas, ainda assim me sinto só, como estou me sentido há alguns dias, depois que me “arrancaram” um “bem” precioso na minha vida; preciosidade que só me dei conta da magnitude quando perdi – para sempre, registro.
A verdade é que não estou suportando a solidão decorrente da perda que me foi inflingida.
Ela, a solidão, dilacera meu coração.
Eu preciso, eu necessito estar acompanhado das pessoas, das coisas que amo.
Um bicho de estimação, se me falta, se dele me afastam abruptamente, provoca em mim uma lacuna, um aperto no coração que não sou capaz de traduzir em palavras.
A verdade é que, dentro de mim, há um enorme vazio – e um coração dilacerado, impregnado de saudade.
Parece que tiraram um pedaço de mim.
Não vou entrar em detalhes, pois muito decerto não entenderiam.