Triste daquele que pensa ser proprietário da verdade.
Triste daquele, que, tomado de arrogância, imagina não ser capaz de errar.
Tenho dó dos que, sob as talares, pensam que tudo podem, que só de seu ponto de observação se pode vislumbrar o que é correto ou justo.
Tenho pavor dos que, sem humildade, se tornam taciturnos quando têm que enfrentar o brilho do semelhante.
Tenho reservas e receio dos que imaginam que somente da sua lente, somente do seu ponto de observação se pode vislumbrar a verdade.
Essas breves reflexões me fazem lembrar do professor Luis Roberto Barroso segundo o qual o mundo do direito é o mundo da relatividade e que, por isso, quem pretende navegar pela vida com uma mochila cheia de certezas absolutas não encontrará nem felicidade e nem a realização do direito.