Tenho ouvido de muitos que o que há de melhor no Brasil é o brasileiro. Com isso, as pessoas pretendem destacar as virtudes do nosso povo, que é, sim, na sua expressiva maioria, formado de pessoas de bem; não fosse assim, não teria sido mais possível suportar os desmandos e a corrupção da nossa classe dirigente, sobretudo os prefeitos municipais, os quais, infelizmente, na sua quase totalidade, usa e abusa do poder, dele tirando proveito e se locupletando, sem nenhum senso de justiça ou responsabilidade para com a res pública.
Isso é fato! Não há, pois, o que contestar.
O brasileiro comum dá, sim, provas, todos os dias, de ser do bem, de não se identificar com essas ações daninhas.
A considerar a população como um todo, somos, sim, um povo honesto, ordeiro e cordato.
Vou relatar dois fatos, um embricado ao outro, guisa de reforço do que estou a afirmar, a propósito do povo brasileiro.
Pois bem. No dia 8 do corrente um filho do senhor Dorivaldo Porfírio de Lima assaltou um posto de combustíveis e uma farmácia, levando R$ 1.500 reais, sendo seiscentos da farmácia e novecentos do posto de combustível.
Dorivaldo, inobstante todas as suas dificuldades financeiras, procurou os donos do posto e da farmácia, comprometendo-se a ressarcir o prejuízo causado por seu filho, assinando dez promissórias, única maneira viável de ressarcir os danos, em face de sua precária situação financeira.
Leio nos jornais de hoje que uma cidadã, que não aceitou se identificar, condoída com a situação de seu Dorivaldo, procurou os proprietários do posto e da farmácia e pagou a dívida que Dorivaldo havia contraído.
Estou informado, ademais, que outras pessoas ligaram com o mesmo objetivo.
Esses dois exemplos, embricados, como disse acima, são a reafirmação de que o povo brasileiro é um povo bom.
Infelizmente não se pode dizer o mesmo dos nossos representantes.
Vejam esses dados: 45% dos deputados das novas siglas – Pros e Solidariedade – respondem a ação penal ou foram indiciados em inquéritos policiais.
É isso!