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jose.luiz.almeida@folha.com.br ou jose.luiz.almeida@globo.com
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Eu, cá com os meus botões, descrente de tudo, já concluindo que, ao que parece, somos todos mesmos uns oportunistas, não tenho dúvidas de que a dinheirama em questão, seja em que instância estiver, não deve mesmo se reverter em benefício da população. Pelo menos parte dele sera desviada, porque, afinal, se somos todos oportunistas, muitos serão os que, podendo, desviarão o parte dos recursos públicos em benefício pessoal.
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Diante do que se tem noticiado sobre as farras das passagens aéreas no Congresso Nacional, fica a pergunta? Seríamos todos nós simples oportunistas?
Ao que vislumbro, a partir do envolvimento de alguns vestais da política brasileira nesse escândalo, parece que tudo mesmo se resuma a questão de oportunidade.
Muitos, incontáveis foram os homens públicos – aqui e no exterior – que, diante da primeira facilidade, se lambuzaram com a coisa pública.
Seríamos todos nós meros espertalhões?
A crer nessa posssibilidade, fico me questionando se temos salvação.
A propósito, leio, há dias, que o novo governo pretende reaver dinheiro dos convênios firmados entre o governo anterior e algumas prefeituras.
Diante dessa polêmica, o que me preocupa mesmo não é saber nas mãos de quem está – ou estará – o nosso dinheiro. O que importa saber é se ele será usado mesmo em benefício da população.
Eu, cá com os meus botões, descrente de tudo, já concluindo que, ao que parece, somos todos mesmos uns oportunistas, não tenho dúvidas de que a dinheirama em questão, seja em que instância estiver, não deve mesmo se reverter em benefício da população. Pelo menos parte dele sera desviada, porque, afinal, se somos todos oportunistas, muitos serão os que, podendo, desviarão parte dos recursos públicos em benefício pessoal.
O x da questão, portanto, não é saber como se gastará essa dinheirama; o busilis é saber, depois dos desvios, o que restará para ser aplicado em benefício da coletividade.
Surpreso com um juiz fazendo esse tipo de reflexão? Não devia! Afinal, juiz é um cidadão como outro qualquer, e do dinheiro que se desviará para enriquecer alguns oportunistas, parte é dos meus rendimendos.
Não creio que sejamos todos oportunistas. Há um certo ceticismo vulgar(não é o caso de Vossa excelência) que pode nos leva ao relativismo moral.
Apesar dos pesares, prefiro lembrar que a humanidade não é feita só de corruptos, ou então a vida não teria sentido. A humanidade é DIDEROT, MONTAIGNE, o ILUMINISMO, A REVOLUÇÃO FRANCESA…enfim, esperança naquilo que é bom e justo.
Felicidades.