Boatos que alimentam as mentes doentias

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jose.luiz.almeida@globo.com ou jose.luiz.almeida@folha.com.br

 

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Mas, repito, é tudo boato. Essa história de processo administrativo só pode ser fruto de elucubração. Nada mais que isso. Não pode ser outra coisa. O Corregedor deve ter proposto – isso, sim – o arquivamento da sindicância. É nisso que acredito. E espero que seja mesmo. Eu não acredito que a Corregedoria tenha proposto a abertura de  processo adminstrativo em face de uma infração admistrativa que, se tivesse ocorrido, já estaria sob o manto da prescrição.

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Sempre foi assim – e assim sempre será. Há pessoas que se alimentam de boatos. Eu, vítima de muitos deles, estou quase me acostumando com as mentes doentias que insistem em espalhar boatos a meu respeito – sempre no afã de criar óbices à minha promoção.

Nicholas Difonzo, professor de filosofia do Rochester Institute of Technology de Nova York, estudioso dos boatos, auto do livro o Poder dos Boatos, disse, em recente entrevista à revista época, que as pessoas acrediatm em boatos  porque tendem a concordar com opiniões e atitudes preconcebidas.

Agora mesmo, hoje pra ser exato, tive notícias de que já há um pedido de abertura de processo administrativo contra mim, em face de uma sindicância gestada na Corregedoria geral de Justiça.

A quem me trouxe a notícia eu disse, simplesmente, que era mais um boato. Deve ser boato! Tem que ser boato!   É que as pessoas são preconceituosas em relação a  mim. Elas adoram supor, imaginar que eu serei rejeitado na promoção por antiquidade. E por acreditarem nisso, almejam que isso aconteça.

Mas, repito, é tudo boato. Essa história de processo administrativo só pode ser fruto de elucubração. Nada mais que isso. Não pode ser outra coisa. O Corregedor deve ter proposto – isso, sim – o arquivamento da sindicância. É nisso que acredito. E espero que seja mesmo. Eu não acredito que a Corregedoria tenha proposto a abertura de  processo adminstrativo em face de uma infração admistrativa que, se tivesse ocorrido, já estaria sob o manto da prescrição.

Por essas e por outras – e por acreditar que ainda há  homens e mulhres de bem – é que não acredito que a Corregedoria tenha dado esse fora.  A assessoria do Corregedor é muito competente e não o faria passar por esse tipo de constrangimento.

O Corregedor-Geral, todos sabemos, é auxiliado por quatro excelentes juízes. Eles não deixariam o Corregedor cair numa dessa, pois a prescrição salta aos olhos. É tão clara que dói na vista. Até mesmo dos desavisados.

Estou tranquilo. Se for verdade – e continuo acreditando que seja boato, para regar as mentes doentias  –, confesso que será mais uma grande decepção. Mais uma decepção de quem, calejado, otimista incorrigível, ainda acredita nos homens.

De qualquer sorte, para mim,  tudo isso não passa mesmo de boato, afinal, há poucos meses atrás, divulgaram uma carta anônima ( a segunda)  que me descrevia como um incendiário,  que iria colocar os podres  dos desembargadores para fora, tão logo fosse promovido. Tudo boato! Tudo invencionice!

A carta anônima me descrevia como um homem vingativo e que, nas rodas de amigos, colocava meus rancores para fora.

Quanta maldade! Quanta sordidez! Quanta pequeneza!

Vejo que o homem, na sua sede de vingança – ou por inveja – , desce até o nivel do chão.

Vou reafirmar: eu não sou rancoroso – e não tenho projeto de vingança. O meu projeto é trabalhar para fortalecer a instituição. Como sempre o fiz, aliás.

Repito, mais uma vez: tudo isso é boato, fofoca mesmo de que não tem o que fazer.

Peço às pessoas que estão em volta de mim, e que torcem por minha promoção, que não deem ouvidos, afinal, os cães ladram e a caravana passa. Sempre foi assim e assim sempre será.

Só mesmo uma mente doentia espalharia boatos de tamanho mau gosto. Só mesmo um irresponsável seria capaz de escrever uma carta anômina, para nela desfilar todas as suas frustrações.

Se o objetivo desses boatos for me desestabilizar emocionalmente, perdem tempo, pois estou cada dia mais equilibrado. Os que trabalham comigo, os que vivem comigo, os que estão em minha volta sabem disso.

Noutro giro, se o objetivo for me compelir a parar de escrever, perdem tempo, pois a minha caneta, ou melhor, meus dedos e minha mente nunca estiveram tão inspirados.

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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