Todos dizem – e, por isso, não devo duvidar – que eu deveria ser mais simpático nas minhas relações. Há quem diga que a minha maneira ermitão de ser me apresenta arrogante aos olhos dos desavisados.
Diante dessa avaliação que fazem de mim eu peço apenas um pouco de tolerância. Acho que não sou exageradamente assim. Tudo depende do lugar em que me encontra e das pessoas com as quais convivo.
Vou narrar um fato que, decerto, demonstrará que sou vítima de uma análise exacerbada da minha maneira de ser, muito embora admita que não sou mesmo muito simpático.
Pois bem. Nessas férias me atrevi a fazer um cruzeiro com a minha família. Não preciso destacar os prazeres vividos. Não é possível descrever, em palavras, o que é um cruzeiro. É preciso vivê-lo.
Mas, além de termos vivido momentos inenarráveis que só uma viajem desse matiz proporciona, nos regozijamos, ademais, com a companhia de três pessoas especiais que o destino fez cruzar o nosso caminho. Refiro-me aos simpáticos companheiros de viagem Miguel, Marluce e Herta.
O encontro da minha família com Miguel, Marluce e Herta deu-se ao acaso, ou melhor, por determinação dos organizadores do cruzeiro. É que as mesas de refeição foram compostas previamente. E, claro, para nossa felicidade, os três, Miguel, Marluce e Herta, compuseram a mesa em que estavam eu e a minha família.
Já no primeiro dia, ou melhor, na primeira noite, nos descobrimos todos egressos do Maranhão. Marluce, por exemplo, é da baixada maranhense, tal qual a minha mulher.
Depois dessa descoberta, tudo fluiu mais facilmente. Descobrimos as nossas afinidades, os pontos de convergência e outras coisas que tais.
Apesar da má fama de antipático e retraído, anoto que fui eu quem puxou conversa com os nossos conterrâneos, para estupefação da minha família, que não costuma ver em mim tanta simpatia.
Depois, descobriram que foi uma ótima iniciativa da minha parte, afinal, Marluce, Miguel e Herta nos conquistaram com a sua simpatia e simplicidade, que coincidiu, imagino, com a simplicidade de minha família.
Miguel Marluce e Herta, sem pretender, passaram a fazer parte da nossa viajem. Conhecê-los, definitivamente, foi um prazer que se somou a tantos outros prazeres que desfrutamos numa magnífica viagem.
Este artigo, despretensioso, objetiva agradecer a Miguel, Marluce e Herta o fato de terem nos dedicado parte de seu tempo para enriquecer ainda mais os prazeres de uma insólita viagem.
Mas esse artigo, de certa forma, pretende, ademais, demonstrar que, diferente do que dizem, não sou tão antipático assim.
todo o Juiz é um Ermitão.
Mas basta sentar em uma mesa de restaurante ou em um café, com ele que o Ermitão se transforma.
Verifica-se que o magistrado é um ser humano igual a qualquer outro: tem seus dramas, suas angústias, seus problemas cotidianos, etc…
E é uma pessoa que quer trocar experiências com o companheiro ou companheiros do ágape de uma forma fraterno, e, até religiosa.
Não lhe conheço pessoalmente, mas a foto que consta do Blog lhe dá um ar de magistrado correto e sensível.
É o meu ponto de vista, s.m.j.
Que maravilhosa viagem !!!
Maravilhosa a ponto de exacerbar os mais profundos sentimentos de satisfação, ainda que na longínqua Jundiaí, onde acompanhávamos o desfecho desta incrível jornada !!!
Ficamos satisfeitos e lisonjeados ao saber que a companhia dos nossos pais valorizaram e contribuiram para momentos felizes de todos.
Abraços Klaus e Alessandra Roeder
Não precisa viajar com esse magistrado para conhecer a simpatia que se esconde por trás desse ar de seriedade, basta ter o privilégio de trabalhar com ele.