Ainda recentemente, na 1ª Câmara Criminal, no julgamento de um recurso em sentido estrito, cometi um erro que nem principiante comete. Depois do julgamento, o Desembargador Raimundo Nonato de Souza procurou-me, no meu gabinete, só nós dois, sem platéia, sem testemunhas, portanto, para me advertir do erro que havia cometido. Agradeci ao colega e tratei de reparar o erro.
Mas o que importa mesmo para essas reflexões não é o erro em si, afinal, todos erramos. O que importa mesmo é a forma como se conduziu o colega. Ele bem que poderia, se assim o quisesse, chamar a minha atenção diante dos presentes. Não o fez, entretanto. preferiu a discrição, em respeito a mim e aos demais membros da Câmara.
Essa atitude do colega deve, sim, ser exaltada, pois, todos sabem, o mais comum, nesses casos, é o colega tentar colocar o outro em situação delicada, pouco importando os princípios éticos.
Todos sabem que, nas corporações, mais que o brilho do colega, mais que os seus acertos, o que importa mesmo, para os iconoclastas, são os erros que eventualmente cometa, pois que, desse modo, pode ser desconsiderado, ter a sua imagem maltratada.
Vê-se, com esse nobre exemplo, que, nem tudo está perdido.
Desembargador José Luiz,
A atitude do Des.Raimundo Nonato revela a educação que o mesmo deve ter recebido,de berço,além da humildade como sempre desempenhou a magistratura.
Um abraço,
Marilse Medeiros
Erros se cometem sendo principiante ou experiente, nobre Desembargador. Afinal, como é cediço, o erro faz parte, integra de forma indissociável, a falibilidade humana. O que é de ser notado, iniludivelmente, é a humildade e respeito daquele que percebe o erro e a grandeza de quem o comete e reconhece…Quanto mais o conheço, mais me apercebo da sensibiliadde e do amor que deve brotar no coração do homem. Tenha um bom dia, estimado Des.José Luiz