A minha responsabilidade aumenta a cada comentário, a cada manifestação de apreço e cada novo leitor do meu blog.
Quando decidi-me pela criação deste blog, imaginei que se tivesse 40 (quarenta ) leitores, ou seja, o equivalente a uma sala de aula, já me daria por satisfeito.
Hoje, passados mais de quatro anos desde que fiz a primeira postagem, já são mais de setecentos mil leitores.
Considerando que este é um espaço monotemático – sentenças e despachos na área criminal , conquanto aqui e acolá seja postada uma crônica – compreendo que o número de leitores supera todas as minhas expectativas, máxime porque a maioria dos leitores são da página principal, ou seja, são leitores que direcionam o acesso ao meu blog.
Desde que decidi deixar de ministrar aulas, fiquei imaginando como continuar levando adiante as minhas mensagens. Foi aí, então, que tive a idéia do blog.
Vejo, agora, que não podia ter feito melhor. Tenho um espaço para refletir, para dividir com os leitores, sem ter que sair da minha casa para dar aula. Aliás, devo registrar que a única razão pela qual deixei de ministrar aulas foi a minha incapacidade de sair de casa para essa finalidade.
Chegar em casa e nela permanecer, depois de um dia exaustivo de trabalho, é, para mim, o que de melhor posso fazer, daí porque me afligia chegar e ter que sair novamente para dar aula.
Entre a “vaidade” de ministrar aulas na Universidade e na Escola da Magistratura e ficar em casa lendo um bom livro e desfrutando da companhia da minha família, não tive dúvidas: optei por ficar em casa.
Tenho uma filha que irá prestar vestibular em breve e me vejo um tanto preocupada pois todos a minha volta dizem ser perigoso o fato dela querer ser juíza criminalista. Caro senhor peço-lhe a gentileza de me esclarecer, realmente é perigoso…vale a pena…por onde começar…
Desculpe-me por aproveitar o espaço para esta consulta mas, como mãe realmente tenho preocupações.
Agradeço a atenção,
Muito Obrigada
Rosana
Acredito que o sucesso do seu blog deve-se ao fato do senhor escrever muito bem,sobre assuntos interessantes que vão desde liberdade provisória até o sofrimento humano,observando atentamente e com muito respeito a opinião dos seus leitores, vez por outra até os responde,sempre com muita simpatia.Isto não deveria causar espanto,digo, a sua capacidade de atenção e respeito, uma vez que o senhor é magistrado, e entende-se que o magistrado é uma pessoa que deve ter o dom de observar com atenção e respeito o posicionamento das pessoas.Mas eu não ignoro que esse raciocínio, muitas vezes, permanece no plano do dever-ser. É por isso que eu entendo que o sucesso do seu blog deve-se também á sua história de vida, a sua credibilidade.É que as pessoas precisam de referências,modelos, de alguém em quem possam se espelhar(sou maranhense, sei do que estou falando!!),principalmente em um Estado como o nosso, tão carente de agentes públicos que preencham esses requisitos.Recentemente passei 1 (um) ano morando em outro Estado, amarguei todo o tipo de piadinhas de mal gosto sobre esse querido e sofrido Estado,elas eram de mal gosto, mas eu sabia que faziam sentido.Fiquei muito animado quando um amigo, também leitor do seu blog, falou-me a seu respeito quando conversavámos sobre o desejo que temos de ingressar no serviço público e discutíamos acerca da situação atual da quase totalidade dos órgãos dos Poderes Públicos desse Estado.Em conversa com alguns amigos,quase todos advogados ou empregados da iniciativa privada, a “ladainha” é sempre a mesma, como diria o senhor “se o inimigo não tem defeitos”…deve ser muito frustrante para uns saber que existem homens cujo preço não foi encontrado, que não vendem seus valores por uns trocados a mais.Fica aqui meus parabéns pelos milhares de leitores que acompanham esse blog, espero que aumente o número dos que aprendem aqui, ou mesmo dos que criticam, até pra isso é preciso aprender alguma coisa. um abraço!
Escolhas, meu caro senhor, escolhas. E essa sua, foi uma boa escolha.
Dividir, acrescentar, e por que não dizer, também continuar apreendendo.
Contemplo essa sua iniciativa como prova de possuir um elemento raro no homem contemporâneo, a humildade.