A nossa pouca credibilidade

Do blog de Ricardo Noblat, em o Globo, de hoje:

“Justiça? Onde?

Quem topa processar o Estado por causa da tragédia que desabrigou mais de 20 mil pessoas na Região Serrana do Rio de Janeiro e matou mais de mil – entre as sepultadas e que se encontram desaparecida? Pensando bem: processar para quê? Para perder tempo e dinheiro? Para ficar demonstrado mais uma vez que a justiça simplesmente não funciona?”

A visão do jornalista é simplista. Tivesse ele se detido mais amiúde em torno da questão poderia concluir que a demora, nesses e noutros casos, deve-se muito mais  à legislação que aos magistrados, conquanto tenha-se que admitir que há, sim, os que não têm muito apego ao trabalho – como em todo lugar, como em toda corporação.

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Um comentário em “A nossa pouca credibilidade”

  1. A Justiça é como o próprio Estado, não pode funcionar em estado de bem estar sempre. Quem o diz são os economistas… “isso pode acarretar um prejuízo para a própria população lá na frente”… são as crises cíclicas.

    Acho que os economistas têm mais noção da ciência do direito do que os jornalistas.

    Se a justiça cível funcionar direitinho, em alta performance, atendendo as milhares de demandas num instante, não tardará e ela se transformará num excelente investimento, o que atrairá mais investidores e crack! Quebra!

    Igualmente ocorrerá com a justiça criminal. Se todas as demandas criminais forem atendidas em alta velocidade, tanto para prender quanto para soltar, o sistema penitenciário entra em colapso!

    Realmente, economista sabe mais de direito do que jornalista…

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