Do blog de Ricardo Noblat, em o Globo, de hoje:
“Justiça? Onde?
Quem topa processar o Estado por causa da tragédia que desabrigou mais de 20 mil pessoas na Região Serrana do Rio de Janeiro e matou mais de mil – entre as sepultadas e que se encontram desaparecida? Pensando bem: processar para quê? Para perder tempo e dinheiro? Para ficar demonstrado mais uma vez que a justiça simplesmente não funciona?”
A visão do jornalista é simplista. Tivesse ele se detido mais amiúde em torno da questão poderia concluir que a demora, nesses e noutros casos, deve-se muito mais à legislação que aos magistrados, conquanto tenha-se que admitir que há, sim, os que não têm muito apego ao trabalho – como em todo lugar, como em toda corporação.
A Justiça é como o próprio Estado, não pode funcionar em estado de bem estar sempre. Quem o diz são os economistas… “isso pode acarretar um prejuízo para a própria população lá na frente”… são as crises cíclicas.
Acho que os economistas têm mais noção da ciência do direito do que os jornalistas.
Se a justiça cível funcionar direitinho, em alta performance, atendendo as milhares de demandas num instante, não tardará e ela se transformará num excelente investimento, o que atrairá mais investidores e crack! Quebra!
Igualmente ocorrerá com a justiça criminal. Se todas as demandas criminais forem atendidas em alta velocidade, tanto para prender quanto para soltar, o sistema penitenciário entra em colapso!
Realmente, economista sabe mais de direito do que jornalista…