Polícia
“Cabem alguns esclarecimentos sobre a carta publicada por alguns membros da Defensoria Pública de São Paulo (“Painel do Leitor”, ontem). Não se discute a gravidade da situação envolvendo a escrivã de polícia, o que se prova pelo vídeo divulgado na mídia. Mas isso não autoriza o discurso imaturo dos defensores, chamando a atenção para que os “cidadãos saibam de que são capazes as instituições que existem para proteger seus direitos”. O Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Civil possuem um digno histórico de bons serviços prestados à população. Falhas existem em toda e qualquer instituição e, acredita-se, também, na Defensoria Pública. Os defensores que assinaram a carta deveriam saber que não se constrói uma instituição semeando terror e desconfiança.”
RODRIGO CÉSAR COCCARO, promotor de Justiça (São Paulo, SP)
Aos que menos podem, resta apenas o dom do discurso. É isso, o que vale é a beleza do discurso.
Deixemos de choro. Suportemos a carga que aceitamos como a mulher enfrenta o parto. Esqueçamos que a tal “instituição”, na verdade, são homens. Homens de pescoço ocupado, sempre aparentando preocupação com a “coisa pública”.
Quando, no ostracismo das chuteiras dependuradas, encontrarmos alguns amigos que agora se ocupam com a “coisa pública”, devemos dizer sem dó: Oh, infeliz! Tiveste no poder, oraste com maestria, pudeste mudar as coisas, mas não o fizeste! Em seguida, devemos ir embora, sem um dedo de prosa, aquela única coisa que nos dará prazer, nos bancos das praças, quando dos nossos últimos dias.