Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, tinha uma história de respeito e amizade com o padre Diogo Antonio Feijó. Pois bem. Caxias, malgrado o carinho que tinha pelo padre Feijó, não hesitou em prendê-lo, após invadir Sorocaba, no interior de São Paulo, no dia 20 de junho. O padre bem que ainda tentou molificar o seu ímpeto, apelando para as relações e favores do passado. Mas o então barão de Caxias não retrocedeu. Simplesmente cumpriu o seu dever.
Luiz Alves de Lima e Silva – só para lembrar um dado dessa relação de amizade – , quando era apenas oum jovem filho de regente, ganhou, justamente das mãos de Diogo Feijó, a oportunidade de mostrar na corte o seu valor como militar, comandando, em 1832, a Abrilada. O padre Feijó, em face desse passado e de outras relações com a família Lima, supunha que poderia fazer recuar o barão de Caxias. Estava enganado. O barão não tergiversou. Prendeu o padre, simplesmente, cumprindo, mais uma vez, o seu dever.
É assim que deve ser. Não se faz cortesia com a ética. Não se faz camaradagem com os colegas e/ou amigos que desviam a função. Não se tergiversa quando se tem um dever a cumprir.
Infelizmente, o Poder Judiciário tem uma rica história de coleguismo, de apadrinhamento.
Fui juiz corregedor e sei do que estou falando.
Insisto que tudo de ruim que ocorre no Poder Judiciário do Maranhão decorre do fato de que os mecanismos de controle internos não funcionam.
Mais uma vez, parabéns pela bravura e pela coragem.
Caro Desembargador José Luiz.
Não dá para o senhor dar uma passadinha em Brasília e enquadrar um monte de m…… que temos na Câmara e no Senado.
A começar pelos seus Presidentes.
Waldevir Bernardo.
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MAR/2013.