Todos sabem que a minha preocupação é sempre com o institucional. No exercício do meu cargo eu nunca levo nada para o campo pessoal, como, aliás, deve agir quem exerce um múnus público.
Por pensar e ser assim é que, ao cogitarem meu nome para Ouvidoria, por exemplo, houve rejeição imediata por muitos que não tiveram a coragem de mostrar a cara e dizer por que me rejeitam tanto.
É mais ou menos, ao que senti, como se eu fosse um inconsequente, que, na condição de ouvidor, agiria como um “traíra”.
Mas tudo bem. Eu sempre soube que seria assim. Foi assim também nas minhas vãs tentativas de ser promovido por merecimento.
É bem de se ver, pois, que, ao fazer as colocações que farei adiante, nenhum outro sentimento me move que o de ser verdadeiro, pois nada almejo que não seja continuar trabalhando em defesa do nome do Poder Judiciário do meu Estado, como, de resto, o faz a esmagadora maioria dos meus colegas.
Pois bem. Feitas as digressões, vamos ao objetivo deste post.
O Poder Judiciário do Maranhão, definitivamente, vive novos tempos, com ótimas perspectivas de futuro.
Digo isso porque vejo se aproximar o fim da atual administração do TJ/MA, sob a batuta do Desembargador Jamil Gedeon (foto), uma das mais profícuas de que se tem notícia.
Nunca, em tempo algum, se privilegiou tanto o primeiro grau!
Nunca, em tempo algum, até onde tenho notícia, se fez tanto investimento em informática, por exemplo.
Nunca, em tempo algum, se tratou das finanças do Tribunal, sob o comando do Dr. Luis Carlos Calvet de Aquino, com tanto desvelo!
Nesse sentido, importa consignar que a assessoria escolhida pelo presidente, é preciso convir, soube se portar como deve se portar quem tem respeito pela coisa pública.
Da mesma forma, testemunho, com renovada esperança, o fim da não menos profícua administração do Des. Guerreiro Júnior (foto) junto à Corregedoria.
Registro, com a necessária ênfase, que não tive nenhuma notícia, desde que cheguei aqui, do uso da coisa pública em benefício pessoal, o que, convenhamos, é um enorme avanço.
Claro que erros foram cometidos, que muita coisa deixou de ser feita, o que, inobstante, não deslustra o que foi possível fazer em tão pouco tempo pelos eminentes colegas.
Todos lembram que, ainda recentemente, os alicerces do TJ/MA foram abalados pelo desvio de conduta de alguns do seus agentes, o que, não se há de negar, muito contribuiu para o nosso descrédito junto aos jurisdicionados.
O que se vê, nos dias atuais, é austeridade – muita austeridade e seriedade no trata do coisa pública, pelo menos até onde alcaçam os meus olhos.
Tenho a mais empedernida convicção que a próxima administração saberá, da mesma forma, trilhar pelos caminhos da austeridade- moral e material.
Nos dias presentes, todos sabemos, já não se aceita que as pessoas administrem a coisa pública como se fosse propriedade privada.
Eu, de minha parte, não serei nunca um empecilho para que se realize o que for do interesse público.
Da mesma forma que emprestei apoio ao presidente Jamil, farei em relação ao presidente Guerreiro e ao corregedor Cleones Cunha, convindo anotar que, de minha parte, o sentimento que me move é apenas o de servir.
Em tempo:
Eu sei de onde partiu a rejeição ao meu nome para Ouvidoria.
Mas não me agasto com isso, pois, para mim, irreal seria não existir rejeição ao meu nome.
Definitivamente, eu não sou mesmo palatável.
Até quando vai durar esse estigma eu não sei, sinceramente.
Mas isso já não me incomoda tanto.
No passado, entrementes, sofri com essa marca.