Asvítimas da inoperância das instituições de faz-de-conta

Ainda recentemente escrevi um artigo sob o título PODER JUDICIÁRIO, MINISTÉRIO PÚBLICO e POLÍCIA – INSTITUIÇÕES DE FAZ-DE-CONTA. Claro que muitos acharam isso um exagero. Pois, se duvidas, busque essas instituições e veras como elas funcionam, ou melhor, como elas não funcionam.

 

Hoje pela manhã, a propósito, tive um exemplo de como essas instituições são de faz-de-conta. Um casal, com efeito, esteve em meu gabinete, indignado porque há quatro anos ele busca a justiça para por fim ao seu desassossego em face de um serviço de som de uma igreja. A mim me disseram que no horário do som, são obrigados a ir para casa de uns amigos, até que o som pare. O casal informou, para exemplificar o desassossego, que não pode sequer ajudar o filho a fazer o dever de casa.

O casal me fez ver que estava desesperado, pois não tinha o direito de viver em paz em sua própria casa. Fiz ver a eles, então, que eu também sou vítima dos marginais que freqüentam um posto ao lado de meu apartamento. Fiz ver a eles que, apesar de ter recorrido ao MINISTÉRIO PÚBLICO e à POLÍCIA, não obtive sucesso. Fiz ver a eles, ademais, que no meu condomínio moram juizes, promotores, advogados, médicos e funcionários públicos graduados e que, ainda assim, não foi dada uma solução ao problema que nos aflige.

Convenhamos, se nós, classe média alta, não conseguimos sucesso em nossa empreitada, qual será a chance deles, pessoas humildes, de conseguirem sucesso lutando contra uma dessas poderosas igrejas protestantes?

A sorte deles é que o problema caiu em minhas mãos. Vou fazer tudo que for possível para ajudá-los. Sem a minha ajuda a possibilidade deles alcançarem êxito é nenhum; com a minha predisposição, é bem provável.

Vamos ver o resultado.

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

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