Tenho feito o que é possível – às vezes, até, o impossível – para não ser descortês com meus colegas, sobretudo no Pleno, durante os julgamentos.
Reconheço, inobstante, que a minha maneira de ser, a veemência com que defendo os meus pontos de vistas, muitas vezes, deixam transparecer, sim, que estou sendo deselegante – tudo depende, claro, do ponto de observação de quem me julga ou das suas próprias idiossincrasias.
Faço questão de consignar, no entanto, que não sou dos tais que fazem apologia à deselegância. Gosto de ser cortês, gostaria de ser mais, muito mais cortês. Falta-me, no entanto, sensibilidade para sê-lo, daí que, algumas vezes, pode parecer que eu pretenda atacar algum colega. Nunca fiz e nem o farei. Jamais! Não é meu feitio! Não é da minha índole ser mal-educado e deselegante.
Digo mais. Não objetivo, com as minhas intervenções, quase sempre veementes, impor os meus argumentos. Não acho que se deva impor asnossas ideias na base do grito.
Ditadura, na minha visão, nem dos amigos e nem de ideias.
É melhor construir na base do diálogo, bafejado pela elegância e cortesia.