Quando faço alguma menção a alguém no meu blog, como o fiz recentemente a uma desembargadora, não o faço para tripudiar, para desrespeitar, para afrontar. Nesse caso específico, eu apenas tentei demonstrar que, na nossa província, ainda há pessoas que se valem do nome de pessoas influentes para alcançar algum proveito. O meu nome, apesar da quase nenhuma influência que tenho, também já foi usado por oportunistas. No caso em comento, eu não disse, nem por via oblíqua, que a magistrada tivesse intercedido em favor do acusado. Eu não sou leviano. Eu não faria uma acusação dessas sem provas. Eu sou destemido, mas não sou louco. Eu sei até onde posso ir. Agora, que houve menção ao nome dela, bem, aí não há o que discutir. Está nos autos. Está formalizado em audiência. Não tem o que esconder.
De relevo anotar que eu não posso escrever omitindo o nome de pessoas pois que, se assim o fizesse, pareceria tratar-se de uma obra de ficção e não do mundo real.
As pessoas que exercem o poder, que tem visibilidade, precisam compreender que o cargo nos expõe a mais da conta. Eu, por exemplo, já fui vítima das mais torpes vendetas por ter a coragem de defender os meus pontos de vista e por me expor excessivamente. Esse é o preço que pago por ser verdadeiro. Contudo, não tenho do que reclamar. Não posso reclamar, pois foi a vida que escolhi para mim. Eu não sou dos tais que não tem coragem de se expor na defesa de suas idéias. Sou idealista, sim. Sou uma pessoa convicta, sim. Vou ser sempre assim. Ninguém consegue abalar as convicções de um homem com a minha idade.
Os meus inimigos, como não podem me atingir, se comprazem em distribuir carta anônima no Tribunal, no afã de me prejudicar. Quero informar aos meus algozes que tenho dedicação integral ao trabalho, que tenho tríplice jornada de trabalho, que tenho produtividade e que meu trabalho é de qualidade. Que ninguém imagine que se alija alguém de uma promoção por merecimento apenas com carta anônima.
Neste blog eu já contei inúmeros episódios da minha vida profissional citando o nome dos mais conceituados cidadãos – magistrados ou não – e não me consta que nenhum deles tenha se sentido melindrado, mesmo porque eu não sou dado a fantasias. Tudo que publico é fruto da minha vivência, daquilo que testemunhei.