Cuida-se de artigo que publiquei na imprensa local, em face da denúncia da baixa produtividade dos juízes do Maranhão.
Num determinado excerto, sublinhei:
- Pois bem. Tempos atrás, na administração do Corregedor Des. Stélio Muniz, em face de uma denúncia semelhante, tive a oportunidade de dizer o que vou repetir agora: os juizes do Maranhão trabalham pouco porque não são fiscalizados. Os juizes do Maranhão trabalham pouco, porque só dão satisfação a sua consciência. Os juizes do Maranhão trabalham pouco porque sabem que não há critérios objetivos para promoção por merecimento.
- Sei que reconhecer e ter a coragem de admitir essa realidade causa desconforto e incômodo dentro da instituição. Mas essa é a mais cristalina realidade. No Poder Judicipario do Maranhão quem quer trabalha, quem não quer nada produz no Maranhão. E nada acontece. Nada se faz para mudar esse quadro.
A seguir, o artigo, por inteiro.
Acabo de ler no site Consultor Jurídico que o CNJ recebeu mais uma denúncia da OAB/MA, reclamando da baixa produtividade dos juízes do Maranhão. A OAB/MA afirma que é preciso melhorar o funcionamento do Poder Judiciário do Maranhão e cobrar produtividade dos magistrados. A OAB denuncia que os juizes de algumas Comarcas do Maranhão cumprem expediente reduzido de trabalho e os da capital são encontrados no Fórum apenas num expediente.
O vice-presidente da OAB, Guilherme Zagallo, aponta no Diagnóstico da Justiça Maranhense, que as varas ordinárias da Justiça Comum de primeira instância levam em média 5,4 anos para proferir suas sentenças. E para ele, a demora indica “a necessidade de melhorias urgentes na sistemática de funcionamento das varas ordinárias da Justiça Comum”.
As causas da baixa produtividade dos juizes do Maranhão são de fácil diagnóstico e a solução, está a nosso alcance, como vou demonstrar a seguir.
Pois bem. Tempos atrás, na administração do Corregedor Des. Stélio Muniz, em face de uma denúncia semelhante, tive a oportunidade de dizer o que vou repetir agora: os juizes do Maranhão trabalham pouco porque não são fiscalizados. Os juizes do Maranhão trabalham pouco, porque só dão satisfação a sua consciência. Os juizes do Maranhão trabalham pouco porque sabem que não há critérios objetivos para promoção por merecimento.
Sei que reconhecer e ter a coragem de admitir essa realidade causa desconforto e incômodo dentro da instituição. Mas essa é a mais cristalina realidade. No Poder Judicipario do Maranhão quem quer trabalha, quem não quer nada produz no Maranhão. E nada acontece. Nada se faz para mudar esse quadro.
Na minha avaliação é preciso estabelecer, com urgência, uma produtividade mínima para os juizes, a partir, claro, das peculiaridades de cada comarca, de cada vara. Não alcançando o juiz essa produtividade mínima, ele podia ter o padrinho que tivesse mas não deve ser promovido. E mais: teria que justificar as razões da baixa produtividade.
É só colocar em pratica o que estou dizendo e ver-se-á a produtividade dos juizes do Maranhão aumentar como num passe de mágica.
Enquanto os juizes do Maranhão prestarem contas apenas à sua consciência, a produtividade não melhorará. E quem paga um preço alto pela nossa inoperância é a população, sobretudo as pessoas mais humildes, que não tem sequer um amigo influente a quem recorrer na hora da necessidade.
Nós precisamos, urgentemente, demonstrar a população que merecemos o que ganhamos. Nós não podemos ser representantes de um Poder de faz-de-conta.
NOSSA!!! REALMENTE ADMITIR TAL REALIDADE, AINDA MAIS PUBLICAMENTE, REVELA EXTREMA CORAGEM. ADJETIVO DE POUCOS. AO CONTRÁRIO DO QUE MUITOS PENSAM, DEIXAR DE LADO O CORPORATIVISMO SÓ AJUDA NO CRESCIMENTO DA INSTITUIÇÃO. TODOS NÓS SABEMOS QUE A SOLUÇÃO MAIS PRÁTICA SERIA OS JUIZES AGIREM NO FIEL CUMPRIMENTO DE SUAS FUNÇÕES POR LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE, ENTRETANTO, JÁ QUE ISSO NÃO ACONTECE, AS IDÉIAS EXPOSTAS ACIMA, SENDO COLOCADAS EM PRÁTICA, CERTAMENTE EVITARIA RECLAMAÇÕES COM RELAÇÃO A BAIXA PRODUTIVIDADE E A SOCIEDADE ESTARIA MENOS DESCRENTE DA JUSTIÇA. FICA AQUI MINHA CORDIAL ADMIRAÇÃO.
Parabéns pela coragem de publicar verdades tão contundentes e por sugerir providências que, se tomadas, em muito contribuirão para mudar a atuação da Justiça no Maranhão.
Um abraço,
Azenate
(Recepção do Fórum)
Dr. José Luiz Almeida;
Sua coragem e descortino já há muito era por nós conhecidos, aceite a nossa solidariedade, o nosso respeito e, sobretudo, a nossa manifestação de consideração e distinguida admiração.
Um abraço;
Charles.