Nada é mais representativo da nossa insignificância material que a constatação de que a vida se esvai, em face, por exemplo, de uma doença incurável.
Ver a vida escapando pelas mãos, ver a nossa matéria aos poucos definhando, é algo que induz – ou deveria induzir – a profundas reflexões.
Essas letras as lanço impressionado com a debilidade física do ator Dennis Hoper – diagnosticado com câncer de próstata, em estado avançado -, o qual, apesar de encontrar-se em situação de estrema gravidade, participou de uma solenidade, recentemente, na oportunidade em que foi homenageado com uma estrela na famigerada Calçada da Fama, em Hollyood.
Bom seria se as pessoas não deixassem para refletir sobre a morte apenas quando ela batesse à porta, quando a vida terrena começasse a evaporar-se.
Refletir, rever conceitos, mudar a direção, perdoar, retroceder, assumir os erros, desde a minha concepção, deve ser um exercício diário.
Desde meu olhar, só perdoando, compreendendo, ajustando a conduta, enfim, melhoramos a nossa relação com o semelhante.
Se não é pra ser assim, por que, então, Deus nos contemplou e nos distinguiu dos demais animais com a inteligência?