É sempre assim: se o profissional tem boa reputação, é preciso, logo, logo, achar um meio de mostrar aos que o têm em boa conta que ele não é tão correto assim, que essa boa reputação é pura ilusão.
É sempre assim: depois de uma acusação falsa, a honra não se recompõe. E aí não adianta o que se construiu. Tudo desmorona, para a felicidade dos iconoclastas (Fig. Aqueles para os quais nada é digno de culto ou reverência)
É sempre assim: o metido a besta (é assim que se qualifica o homem que se mostra correto no exercício de sua profissão) tem mesmo que ser “desmascarado” – na concepção dos calhordas -, para que todos saibam que todos são iguais.
É sempre assim: ninguém deve ter a petulância de, numa corporação, por exemplo, ser correto, apresentar-se correto, parecer correto, agir com retidão. Se assim se apresenta, se é essa a imagem que construiu, podem ter certeza – advertem os destruidores de imagem – que tem algum defeito que ainda não veio a lume. Mas que virá, espera-se, sem demora. Todavia, se não assomar o defeito, não tem problema, arruma-se um rapidinho, afinal, como se assiste no mundo da política mais rasteira, no mundo dos chamados homens de bem também prepondera, junto aos indignos, a máxima segundo a qual os nossos amigos, enquanto for conveniente, não têm defeito; os inimigos, se não os têm, nós botamos, nem que, depois, se for do nosso interesse, nós o desconsideremos.
Dr. José Luiz, uma sugestão: faça pequenos textos, dando conta de sua impressão sobre o Congresso, uma espécie de diário em poucas linhas.
Des., peço licença – pela pertinência do assunto – para publicar este post no meu blog.
Obrigado.
Ricardo