E Lico foi embora

Luiz Cláudio Santana, o Lico, traficante condenado a 141 anos de prisão, chefão do tráfico de entorpecentes em Niterói, precisou ser operado de uma perna. Ante a inexistência de hospital penitenciário (mais uma omissão do estado), foi beneficiado com a prisão domiciliar e, nessa condição, internado num hospital particular.  Operado e recuperado, seu médico particular, que não sabia de sua condição de presidiário, lhe deu alta. Lico, sem titubeio, sem vigilância, como um cidadão qualquer, convalescido, deixou o hospital e tomou rumo ignorado.

Que tal?

Autor: Jose Luiz Oliveira de Almeida

José Luiz Oliveira de Almeida é membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Foi promotor de justiça, advogado, professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Escola da Magistratura do Estado do Maranhão (ESMAM) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.