A gente passa a vida tentando arrumar a vida. Enfrentamos, não raro, dissabores nessa jornada. Lutamos muito. Lutamos com todas as dificuldades, daquelas enfrentam os que optam por uma vida decente. Aí, de repente, vem a natureza e destrói tudo, ou melhor, quase tudo – de ordem material, claro.
Mas a vida tem que seguir. É claro que não é tão simples assim. Eu, com já disse, neste mesmo espaço, a propósito do que aconteceu na região serrana, no Rio de Janeiro, sofro com os que sofrem. Tenho a incrível capacidade de me irmanar com os que sofrem, como faço agora com os nossos irmãos japoneses.
Quantos sonhos destruídos! Quantos bens materiais, adquiridos durante toda uma vida, foram levados pela natureza! É triste! É estarrecedor olhar, no lugar onde antes havia uma residência, somente escombros.
Como recomeçar? Como construir tudo de novo? Não deve ser fácil. Ou melhor, não é fácil.
Mas tem que ser assim. É vida que segue.
As pessoas, diante de uma situação de catástrofe, têm que buscar forças onde elas estiverem para continuar vivendo.
Se há vida, há esperança.
Pior mesmo foram os que, além dos bens materiais, perderam a vida.